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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 22 de Maio de 2007 às 15:15

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A votação das últimas propostas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pode ficar comprometida em virtude da crise deflagrada pela Operação Navalha, da Polícia Federal.

O clima político no Congresso é tenso e não há ambiente para os trabalhos de plenário, sobretudo aqueles com algum grau de polêmica.

"Tem muito fato novo nesse processo, mas vamos tentar votar", disse à Reuters nesta terça-feira o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RO).

As três MPs que faltam para concluir o programa vencem no dia 1o de junho. Elas perdem a validade se não forem aprovadas até esta data.

A expetativa de que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, deixe o cargo por conta das acusações da PF prejudicam acordos e desgastam o PMDB, maior bancada do Senado.

Afilhado político do senador José Sarney (PMDB-AP), Rondeau foi apontado no relatório da Operação Navalha como beneficiário de 100 mil reais para favorecer a Construtora Gautama, pivô do esquema denunciado pela Polícia Federal de fraudes em licitações públicas.

O ministro foi indicado ao posto na cota do PMDB no Senado, que agora teme perder a vaga. O Ministério de Minas e Energia gerencia 55 por cento do orçamento total do PAC até 2010.

Apesar dos caciques do partido e do próprio Palácio do Planalto considerarem que não há provas de seu envolvimento, a avaliação é de que o ministro está muito fragilizado e com dificuldades reais de continuar no posto.

Segundo fontes do PMDB que conversaram com ele na noite passada, Silas Rondeau já pede para deixar o posto e julga não ter "estrutura emocional para aguentar uma crise como esta."

O governo esperava aprovar as medidas do PAC já nesta tarde, mas foi surpreendido com a dimensão do escândalo. Agora, tenta mobilizar sua base aliada, mas encontra problemas internos.

As três MPs remanescentes do PAC tratam da criação do fundo de investimento dos recursos do FGTS, da ampliação do limite operacional da Caixa Econômica Federal e da remuneração de várias carreiras do serviço público.





Fonte: Reuters

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