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Internacional
Terça - 22 de Maio de 2007 às 06:50

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WASHINGTON - O Senado americano decidiu adiar a votação de um polêmico projeto de lei sobre imigração que poderá regularizar a situação de 12 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos.

Na semana passada, o presidente George W. Bush e um grupo bipartidário de senadores fecharam um acordo sobre a lei, que prevê também o reforço no controle de fronteiras.

Líderes democratas esperavam ver o projeto aprovado nesta semana. No entanto, diante do intenso debate provocado pela proposta, concordaram em adiar o prazo.

O Senado vai discutir o projeto nesta semana e, após uma semana de feriado, retomar o debate.

Muitos críticos conservadores afirmam que o projeto equivale a uma "anistia" aos que desrespeitam a lei.

Grupos de direitos dos imigrantes também manifestaram preocupação com o projeto. Eles afirmam que a proposta não valoriza laços familiares.

O projeto precisa ser aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Representantes para se tornar lei.

Bush, que fez da reforma nas leis de imigração uma de suas prioridades, disse que quer ver uma nova legislação em vigor até o final deste ano.

Reforma urgente

"Nosso sistema de imigração está à deriva e precisa urgentemente de uma revisão completa", disse o senador democrata Edward Kennedy.

Aqueles no Senado que apóiam o projeto esperam conseguir aprovar a proposta antes que caia no ciclo eleitoral, quando pode se tornar tema de campanha e complicar o debate ainda mais.

A Câmara dos Representantes deverá tentar formular a sua própria legislação em julho.

Segundo o correspondente da BBC James Coomarasamy, em Washington, o presidente Bush deverá enfrentar uma briga. Bush só poderá sancionar a lei se as duas propostas forem harmonizadas.

Segundo analistas, o acordo firmado entre a Casa Branca e o Senado na semana passada tornou o projeto extremamente complexo e, portanto, aberto a críticas de todos os lados.

A proposta prevê que imigrantes ilegais que entraram nos Estados Unidos antes de 2007 possam se candidatar a um "visto Z" depois de pagar uma multa de US$ 5 mil (cerca de R$ 10 mil) e de voltar a seus países de origem.

Esses imigrantes também poderiam se candidatar à residência permanente, em um processo que levaria vários anos para ser decidido.

O projeto também estabelece um sistema de pontuação com prioridade para o nível de escolaridade dos imigrantes, seu conhecimento da língua inglesa e suas habilidades profissionais, em vez de facilitar o ingresso das pessoas com familiares nos Estados Unidos.

A proposta prevê ainda um visto temporário de dois anos para trabalhadores convidados.

No entanto, todas estas medidas só entrariam em vigor depois que 18 mil novos guardas sejam destacados para patrulhar as fronteiras americanas, a cerca que divide o país do México seja reforçada e equipamentos de vigilância de alta tecnologia estejam em operação. Estima-se que essas providências levariam em torno de 18 meses.




Fonte: BBC Brasil

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