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Internacional
Terça - 22 de Maio de 2007 às 05:10

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O comandante rebelde Alfredo Reinado afirmou hoje que não se renderá ao novo presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, porque desconfia dele.

"Não vou me entregar a curto prazo, talvez nunca. Como repeti muitas vezes a numerosos jornalistas, nossos dirigentes não desejam que eu me renda. Eles me querem morto", declarou Reinado à Efe por telefone, falando de um lugar secreto.

"Já sei o que o presidente Ramos Horta e o Governo do Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independiente) querem. Talvez Ramos Horta me queira vivo, mas não o Fretilin", acrescentou Reinado.

Ele é um dos 599 militares que foram expulsos das Forças Armadas no ano passado. O protesto público desencadeou uma profunda crise no país.

O comandante rebelde afirmou que os governantes querem evitar que ele revele os erros cometidos no ano passado pelo então primeiro-ministro Mari Alkatiri.

"Só me entregarei quando o partido Fretilin deixar o Governo, e quando as tropas da Austrália e Nova Zelândia abandonarem a nação", prometeu Reinado.

"Respeito o povo australiano, mas não o seu Governo, que atendeu ao chamado dos dirigentes timorenses para me capturar, como se eu fosse um Pablo Escobar ou um chefão mafioso que deveria morrer", comparou.

Ramos Horta, que assumiu o cargo de presidente da República Democrática do Timor-Leste no domingo, pediu ao líder rebelde que se entregasse.

"Peço a meu irmão, comandante Alfredo Reinado, que não tema a sua rendição para que possamos começar o diálogo e solucionar de maneira pacífica o problema", disse Ramos Horta.

O primeiro-ministro interino, Estanislau da Silva, do Fretilin, desmentiu a teoria de Reinado. Ele disse que o caso do comandante rebelde é um assunto judicial.

Timor-Leste realizará eleições parlamentares no dia 30 de junho próximo.




Fonte: EFE

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