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Internacional
Terça - 22 de Maio de 2007 às 04:58

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BEIRUTE - A artilharia do exército libanês bombardeou nesta terça-feira, 22, o campo de refugiados de Nahar al-Bared. Os soldados estão empenhados em acabar com o grupo radical sunita Fatah al-Islam, pelo terceiro dia consecutivo. O Fatah al-Islam anunciou que "lutará até a última bala".

A última batalha começou ao nascer do sol pelo horário local. Serviços médicos foram chamados em meio a batalha motivados pela informação de que havia mortos e feridos nas ruas. Os disparos de tanques e morteiros despertaram a população de Trípoli.

A cobertura televisiva mostrou uma cortina de fumaça vinda de dentro do campo, habitado por 40 mil palestinos refugiados. "Nós podemos ouvir o bombardeiro, muito intenso e constante", disse uma testemunha à Reuters.

Pelo menos 20 militantes, 32 soldados e 27 civis foram mortos durante o confronto entre o exército e guerrilheiros do Fatah al-Islam. A violência crescente é a pior no Líbano desde a guerra civil ocorrida entre 1975 e 1990. Também foram feridos 55 soldados.

Na segunda-feira, 21, palestinos do campo disseram que milhares deixaram suas casas gradualmente de Nahr al-Bared, onde os conflitos estão mais intensos. Mais de 150 civis foram feridos e dúzias de casas destruídas, afirmaram fontes palestinas.

O Fatah al-Islam divulgou nesta terça-feira, 22, um comunicado no qual anunciou sua disposição para lutar contra as tropas libanesas "até a última bala", segundo informou a rede de televisão Al Jazera.

O Exército concedeu uma breve trégua para remoção dos feridos e fornecimento de remédios aos habitantes de Nahar al-Bared, depois dos contatos entre o primeiro-ministro, Fouad Siniora, e líderes políticos do país.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro Fouad Siniora foi enfático e disse que é preciso acabar com o Fatah al-Islam, o grupo sunita muçulmano que surgiu no último ano. Apenas poucas centenas de militantes e políticos limitados sustentam o Líbano. Estabelecido em Nahr al-Bared, o grupo é suspeito de ter laços com as facções de Jihad e outros campos palestinos.

Ainda não há indícios de que o Exército tenha abatido o grupo extremista sunita, supostamente ligado à Al-Qaeda.




Fonte: Efe e Reuters

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