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Terça - 22 de Maio de 2007 às 04:34

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Walter Salles, o olhar brasileiro em "Chacun son Cinéma", filme no qual 35 diretores comemoram os 60 anos do Festival de Cannes, vê no festival uma oportunidade de "descobrir filmes de outras latitudes, que dão vontade de fazer outros filmes". "É um foco de resistência de um certo tipo de cinema de autor", disse à agência Efe, ressaltando também que nas salas de Cannes "é possível celebrar a diversidade cultural que existe ainda e que existirá sempre, enquanto existir o cinema de autor".

"Podemos fazer um festival sem mercado, mas não sem cinema de autor", acrescentou o autor de "Diários de Motocicleta".

Seu curta-metragem para "Chacun son Cinéma", protagonizado por dois repentistas filmados num só plano-seqüência, dura três minutos.

A duração é a mesma para cada um dos 33 painéis que integram esse espetacular mosaico cinematográfico, uma ilustração ideal da diversidade.

A visão de Walter Salles é compartilhada pelo diretor franco-chileno Raúl Ruiz. Ele considera o Festival uma celebração da diversidade, mas ressalta que é algo "tipicamente francês, dada sua mistura de atitude severa, quase puritana" diante do cinema "com a frivolidade mais desenfreada".

Normalmente, os festivais são mundanos ou severos, mas Cannes "é a tradição jansenista, efetivamente puritana, no limite do protestantismo, e flertando com a frivolidade para se fazer aceitável", disse à agência Efe.

"O cinema de autor tem a vantagem e o inconveniente de que os filmes não podem ser comparados porque pertencem a poéticas distintas", opinou.

Quanto a Alejandro González Iñárritu, que chegou a Cannes numa de suas mostras paralelas, a Semana da Crítica, em 2000, o festival é "um bom espaço" para "expor" um filme "nas melhores condições", explicou à Efe.

"Cannes foi o lugar onde meu trabalho se valorizou, apareceu", acrescentou o cineasta. "Há pouco tempo, era difícil, quase impossível, um filme mexicano sequer ser visto pelo comitê de pré-seleção de filmes para a competição pela Palma de Ouro", comentou.

Nos últimos anos, Thierry Fremaux, diretor artístico do festival e Gilles Jacob, seu presidente, "têm sido realmente bastante sensíveis e generosos, apoiando o cinema latino-americano, não só o mexicano", disse o diretor.





Fonte: EFE

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