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Polícia Brasil
Segunda - 21 de Maio de 2007 às 20:50

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A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior do Tribunal de Justiça), determinou na noite desta segunda-feira a prisão de Adão Pirajara Amador Farias, ex-assessor do deputado distrital Pedro Passos (PMDB), preso durante a Operação Navalha da Polícia Federal.

O ex-assessor foi preso pela PF por destruir documentos que podem comprovar seu envolvimento no suposto esquema de fraudes em licitações públicas para a realização de obras.

Além da prisão de Farias, a ministra determinou a realização de busca e apreensão nos endereços do deputado distrital.

Pedro Passos foi preso durante a Operação Navalha deflagrada pela PF no último dia 17 e tem depoimento previsto para amanhã, na parte da manhã.

Silas Rondeau

Entre os citados na investigação da PF sobre o suposto esquema de fraudes em licitações públicas para a realização de obras está o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia). No Paraguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende discutir o caso do ministro assim que retornar a Brasília, mas, segundo o Blog do Josias, o governo já discute a hipótese da saída de Rondeau.

As imagens mostram uma funcionária da Gautama (que operava o esquema), Fátima Palmeira, entrando no ministério pelo elevador privativo no dia 13 de março. Ela carrega um envelope de cor parda, no qual a PF acredita que estavam R$ 100 mil. Diretora financeira da Gautama, Palmeira se dirige até o andar do gabinete de Silas Rondeau. Lá, encontra-se com o assessor do ministro, Ivo Almeida Costa, preso na Operação Navalha.

O presidente em exercício, José Alencar (PRB), disse hoje que a decisão sobre a permanência do ministro no governo é de foro íntimo ou deve ser tomada pelo presidente Lula.

Alencar disse que, como interino na Presidência da República, não deve se manifestar sobre o futuro de Rondeau no primeiro escalão. 'Tem que perguntar a ele. Eu não posso afastá-lo. O presidente é o Lula. E em caso de afastamento por vontade própria, é do foro íntimo dele.'

Operação

A PF deflagrou no último dia 17 a Operação Navalha contra uma suposta quadrilha que fraudava licitações públicas para a realização de obras, como as previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e no Luz Para Todos --ambas do governo federal.

Neste sábado, a PF prendeu Zaqueu de Oliveira Filho, apontado como servidor público do município de Camaçari (BA) e integrante da suposta quadrilha. Ele era o último acusado de envolvimento na quadrilha que estava solto.

Na quinta-feira, outros 46 apontados de envolvimento no esquema foram presos pela PF, entre eles, o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB), o filho do ex-governador João Alves Filho (DEM-SE), João Alves Neto, dois sobrinhos do governador Jackson Lago (PDT-MA) --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior--, além dos prefeitos de Sinop, Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT), e de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT-BA).

Oliveira Filho teria comparecido espontaneamente à Superintendência da PF. No despacho da ministra Eliana Calmon --que autorizou os mandados de prisão--, ele é acusado de ter sido corrompido pelo esquema de máfia das licitações e envolver-se em episódios de direcionamento de recursos do Ministério das Cidades para execução de obras no município de Camaçari, numa fraude que envolveu a empresa Gautama.

Segundo o despacho ministra, ele solicitou por duas vezes, para ele e o prefeito de Camaçari, passagens aéreas e hospedagem em hotéis.




Fonte: Folha online

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