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Polícia Brasil
Segunda - 21 de Maio de 2007 às 19:25

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BRASÍLIA - A Polícia Federal realizou na noite desta segunda-feira, 17, mais uma diligência, dentro da Operação Navalha. Foi na casa de um ex-assessor do deputado distrital Pedro Passos (PMDB), chamado Adão. Ele foi flagrado queimando documentos de interesse da investigação, na churrasqueira de sua residência, que fica no Condomínio Lago Sul, em Brasília. Passos foi preso pela PF acusado de envolvimento no esquema de fraude em licitação de obras públicas.

Funcionário da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (DF), Adão foi assessor de Passos quando este era secretário de Agricultura, no governo do hoje senador Joaquim Roriz (PMDB). A Polícia Federal chegou à casa de Adão com base em denúncia anônima encaminhada ao Departamento de Inteligência da PF. Usando técnicas de arqueologia, os agentes federais recolheram restos dos documentos que estavam sendo incinerados e, em seguida, submeteram o ex-assessor de Pedro Passos a interrogatório.

A Operação Navalha teve início na última quinta-feira, 17, para investigar fraudes em licitações de obras públicas - incluindo projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Luz Para Todos. O esquema envolve empresários, políticos e funcionários públicos.

Dos 47 presos, oito já estão em liberdade, entre eles o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares. O esquema de desvio de verbas movimentou R$ 170 milhões em três anos sob a liderança do empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama.

O Ministério Público deve oferecer o benefício de delação premiada a Zuleido caso o empresário queira contribuir com as investigações. O STJ determinou o bloqueio de contas e a indisponibilidade dos bens dos acusados.

Segundo a PF, o esquema foi iniciado pelo sócio-diretor da Construtora Gautama Ltda., Zuleido Soares Veras, preso na operação, que articulou uma rede de empregados, sócios e lobistas, que cooptavam funcionários públicos de diversos escalões nos níveis federal, estadual e municipal. A quadrilha atuava desde a aprovação até o pagamento das obras.





Fonte: Estadão

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