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Internacional
Domingo - 20 de Maio de 2007 às 18:20

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Os Estados Unidos enviam cerca de US$ 1 bilhão ao ano para o Paquistão, utilizados no combate a grupos terroristas que operam na fronteira com o Afeganistão, de acordo com a edição de hoje do jornal "The New York Times".

O jornal afimou que o país continua desembolsando os fundos, apesar de o Paquistão ter diminuído de forma oficial nos últimos meses as patrulhas policiais em áreas controladas por talibãs e pela rede terrorista Al Qaeda.

"Enterrados nos números de orçamentos públicos, os pagamentos buscam reembolsar o Exército paquistanês pelas despesas das operações antiterroristas", assinalou o "New York Times".

Segundo o jornal, o Paquistão recebeu mais de US$ 5,6 bilhões, como parte do programa durante os últimos cinco anos, mais da metade da ajuda total concedida ao país pelos Estados Unidos desde 2001.

Além disso, alguns militares americanos na região recomendaram que a entrega de fundos fosse vinculada à eficácia do Paquistão em manter a região fronteiriça com o Afeganistão livre de terroristas.

Tanto os talibãs como a Al Qaeda recuperaram uma forte presença na região no último ano, lembrou o jornal.

A Casa Branca descartou que planeje vincular a entrega de fundos à realização de objetivos, apesar das provas de que o Paquistão está fazendo vista grossa perante a presença de talibãs no lado paquistanês da fronteira com o Afeganistão.

Fontes oficiais disseram ao "The New York Times" que o País tem medo de cortar os fundos ou vinculá-los à eficácia policial paquistanesa, diante da possibilidade de contribuir para desestabilizar ainda mais o Governo de Pervez Musharraf, que enfrenta os maiores desafios desde a chegada ao poder, em 1999.

O porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe disse ao jornal que o Paquistão tem grande importância estratégica na região. No entanto, o porta-voz se recusou a explicar o porquê de o país continuar recebendo o mesmo montante, mesmo após anunciar publicamente, há oito meses, que diminuiria as patrulhas na área fronteiriça mais importante.

"A cooperação do Paquistão é muito importante na guerra antiterrorista e para nossas operações no Afeganistão", disse Johndroe.

O porta-voz acrescentou que o investimento na aliança com o Paquistão foi recompensado ao longo do tempo, com um intercâmbio de informações e a captura e o assassinato de terroristas.

"Resta trabalho por fazer, os paquistaneses sabem disso e trabalhamos em cooperação com o Governo de Musharraf para aumentar a luta", afirmou.





Fonte: EFE

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