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Internacional
Domingo - 20 de Maio de 2007 às 09:00

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As autoridades da região separatista georgiana da Ossétia do Sul colocaram suas tropas em estado de alerta hoje, após denunciar que o Exército da Geórgia atacou com tiros de canhão a capital da região, Tskhinvali, na noite de sábado, deixando dois feridos.

"As unidades militares da Ossétia do Sul foram colocadas em estado de alerta devido às provocações por parte da Geórgia", disse a porta-voz do Governo separatista, Irina Glagoyeva.

A fonte acrescentou que o ataque de sábado à noite, além de ferir duas pessoas, causou grandes danos em sete casas de Tskhinvali.

"Nossas forças de segurança nos informam que há grandes movimentações de tropas georgianas junto às fronteiras da Ossétia do Sul, por isso não descartamos novas provocações", disse Glagoyeva.

O Governo da Geórgia responsabilizou os separatistas da Ossétia do Sul pelos incidentes, e os acusou de abrir fogo primeiro.

"Ambas as partes se acusam mutuamente de ter rompido o cessar-fogo", disse o general russo Marat Kulajmetov, comandante das forças de paz mistas posicionadas na região do conflito.

O incidente coincidiu com os 15 anos do massacre na localidade de Zari, onde soldados georgianos assassinaram 32 refugiados da Ossétia do Sul que fugiam para a república russa da Ossétia do Norte.

O conflito entre a república autônoma e a Geórgia começou em 1990, quando a Ossétia do Sul se proclamou independente e declarou seu objetivo de se integrar à Ossétia do Norte, com a qual compartilha raízes étnicas e culturais.

As tensões resultaram em um conflito armado que causou a morte de duas mil pessoas e a fuga de dezenas de milhares de refugiados.

Atualmente, as forças georgianas controlam quase 40% do território da Ossétia do Sul.

Desde que subiu ao poder, em 2003, o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, propôs devolver ao controle georgiano tanto a Ossétia do Sul como a Abkházia - outra região separatista. Com isso, aumentou notavelmente o orçamento militar do país.

Nos últimos anos, a Rússia concedeu nacionalidade à maioria dos habitantes da Ossétia do Sul e da Abkházia, no que, para os georgianos, seria um tipo de "anexação".




Fonte: EFE

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