Olmert e Peretz decidem construir refúgios antimísseis

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o ministro da Defesa Amir Peretz, acertaram hoje um plano para construir 200 refúgios por mês na cidade de Sderot -onde cai a maior parte dos foguetes lançadas pelas milícias palestinas da Faixa de Gaza- e em outras cidades próximas.

O plano será examinado amanhã, domingo, no conselho de ministros semanal, no qual será estudada também a resposta militar que será dada a esses ataques.

A construção das câmaras blindadas começará imediatamente, evitando alguns procedimentos burocráticos.

Peretz, que é residente de Sderot, culpou seus antecessores no cargo pela desatenção ao problema, e afirmou que, se há cinco anos, houvesse sido construído um sistema de defesa antimísseis, "a situação hoje seria muito diferente".

Os foguetes Qassam, de fabricação artesanal, que caem em Sderot dificilmente matam ou ferem com gravidade, mas criam muita tensão no local, com 23 mil habitantes, sobretudo desde que o grupo islamita Hamas retomou os ataques, na terça-feira passada.

Nestes cinco dias, mais de 110 projéteis caíram na região de Sderot, 17 deles somente no dia de hoje.

O alarme da opinião pública perante esta situação levou o Governo a lançar, na quinta-feira, uma série de ataques contra Gaza, na qual morreram pelo menos 18 palestinos.

A maioria destes ataques é de autoria da Força Aérea Israelense, mas também contam com a participação de um contingente de tanques e carros blindados, acompanhado por uma unidade de infantaria.

Hoje, os tanques israelenses mataram três palestinos, um miliciano que acabava de disparar foguetes e dois pastores, segundo fontes de segurança e hospitalares palestinas.

Apesar da trégua que impera desde esta tarde na Faixa de Gaza, Israel acredita que as milícias continuarão lançando mísseis contra seu território, e a Polícia da cidade de Ashkelon, mais importante que Sderot, se encontra em estado de alerta.