Coaf vê movimentação suspeita de R$ 170 milhões
"O Coaf faz um trabalho de inteligência financeira a partir de dados sobre saques superiores a R$ 100 mil informados pelo sistema financeiro ao órgão. De posse das informações, ele faz cruzamentos e identifica as operações incompatíveis com rendimentos declarados à Receita Federal", diz a reportagem.
"O primeiro relatório do Coaf, que envolve pessoas físicas e jurídicas da operação, data de 13 de julho de 2004. Lista 43 pessoas com operações financeiras suspeitas de R$ 35,8 milhões."
De acordo com a reportagem, em 2005 e em 2006 outros relatórios foram elaborados. Em 2005 foram dois: um, de 26 de janeiro --que aponta o envolvimento de 15 pessoas e uma movimentação irregular de R$ 81,3 milhões-- e outro de 13 de maio --que aponta cinco suspeitos e operações de cerca de R$ 40 milhões.
No ano passado, outros dois: um de 26 de abril, apontando 19 pessoas e movimentação irregular de R$ 170,6 milhões; e um de 10 de maio, apontando envolvimento de 39 pessoas e movimentação irregular de R$ 89,4 milhões.
A operação foi deflagrada na quinta-feira (17) para desarticular uma organização criminosa que atuava desviando recursos públicos federais. Segundo a PF (Polícia Federal), a empresa Gautama, em Salvador (BA), operava a organização.
Entre os detidos por suspeita de participação no esquema estão o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares, o deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF), um assessor do Ministério de Minas e Energia e o empresário Zuleido Veras --dono da Gautama e suspeito de ser o chefe da organização.
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