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Internacional
Sábado - 19 de Maio de 2007 às 06:42

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O Governo Civil de Lisboa mudou a data das eleições municipais antecipadas, previstas inicialmente para 1 de julho e agora adiadas para o dia 15, criando preocupação com o possível aumento da abstenção, devido às férias de verão.

Alguns candidatos independentes e pequenos partidos apresentaram um recurso no Tribunal Constitucional (TC). Eles se queixaram de que o prazo para recolher as 4 mil assinaturas necessárias para formalizar as suas candidaturas era muito curto e não havia tempo para eventuais coalizões.

O TC se pronunciou ontem à noite. A governadora civil (representante do Governo Central) do distrito de Lisboa, Adelaide Rocha, marcou a data de 15 de julho, mas argumentou que a maioria dos partidos políticos tinha sido consultada e havia mostrado preferência por uma votação no dia 1 de julho.

A candidata independente Helena Roseta, ex-membro do Partido Socialista, cumprimentou a decisão do TC e criticou "os atropelos" da governadora.

O presidente do Partido Popular (CDS-PP), Paulo Levas, disse que a governadora deveria renunciar ao cargo. "É necessário cobrar a responsabilidade dos partidos que organizaram esta crise, porque as eleições serão no meio do verão, possivelmente com a cidade deserta", afirmou.

Carlos Chaparro, dirigente do Partido Comunista Português (PCP), também considerou o 15 de julho uma data que favorece a abstenção.

O candidato do Partido Social Democrata (PSD), Fernando Negrão, disse que não criaria obstáculos à mudança de data. Ele prometeu mobilizar a população a participar das eleições.

O ex-ministro do Interior Antonio Costa, candidato do governante Partido Socialista, não se pronunciou.

Uma investigação policial sobre corrupção, afetando o prefeito e vários altos funcionários, deixou vaga a Prefeitura da capital desde 11 de maio, por falta de quórum, após a demissão da maioria dos vereadores.

O até então prefeito, Antonio Carmona Rodrigues, era um independente. Foi eleito pelo principal partido da oposição parlamentar, o social-democrata, que retirou o seu apoio por causa do escândalo.





Fonte: EFE

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