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Cidades/Geral
Sábado - 19 de Maio de 2007 às 06:03
Por: MARIANNA PERES

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Qual é a Cuiabá que queremos? Como gerar emprego e renda? Que vocação a cidade tem? Para traçar o perfil e a aptidão econômica da capital do Estado, empresários, entidades e prefeitura lançam na próxima terça-feira, dia 22, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico Pró- Cuiabá 300 anos. A aliança quer transformar Cuiabá em uma cidade-pólo, quer seja na prestação de serviços, na agroindustrialização ou mesmo em cidade universitária. O plano congrega ações permanentes de curto, médio e longo prazos e tem um único objetivo: atrair investimentos e gerar emprego e renda.

Conforme dados da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo, existem na cidade 50 mil desempregados na faixa etária de 16 a 24 anos. “São jovens desqualificados e sem perspectiva na vida. A maior parte dos crimes ocorridos em Cuiabá tem a participação de jovens. O plano trará impactos positivos a esta questão social”, observa o secretário da Pasta, João Vieira.

Questões latentes ao destino da economia cuiabana estão na pauta do Plano como a chegada da ferrovia Senador Vicente Vuolo até o Distrito Industrial: a vinda do poliduto (ramal de Goiânia) para o transporte de combustíveis, ampliação do Distrito Industrial e a oferta de energia limpa, o gás natural às indústrias. “Temos todas as condições de atrair grandes investimentos”.

Para o lançamento que será realizado às 19 horas no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá, o Pró-Cuiabá 300 anos já conta com adesão de 26 entidades, entre elas as federações das Indústrias no Estado de Mato Grosso e do Comércio, da Câmara de Dirigentes Lojistas, governo do Estado, sindicatos e a Assembléia Legislativa. “É um esforço apartidário que estamos criando em prol do resgate econômico de Cuiabá. O desenvolvimento vem acontecendo, porém a cidade perdeu a referência econômica, mesmo sendo responsável por 30% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”, argumenta o secretário de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Vieira.

Ele explica que no ano passado os 30% em arrecadação de ICMS geraram aos cofres estaduais R$ 1,1 bilhão e de repasse, Cuiabá contabilizou apenas R$ 115 milhões. “Precisamos nos organizar para também mudarmos esta realidade”.

De acordo Vieira, será a “sociedade quem vai dizer qual futuro econômico a cidade tem de tomar”. O plano é inédito no Estado e segue um modelo de sucesso implantado no Rio de Janeiro, Fortaleza e em Barcelona, na Espanha. “O caráter regional será dado pelos empresários e pela sociedade que estará inserida nas discussões”. Vieira lembra que o plano redefiniu a economia carioca, e apostou no potencial do turismo.

A coordenação do Pró-Cuiabá 300 anos será feita pelo consultor Rodrigo Lopes, especialista em desenvolvimento de cidades. O secretário João Vieira explica que o nome ‘Cuiabá 300 anos’ foi escolhido porque as ações propostas nos próximos 12 meses deverão frutificar em 10 a 15 anos, justamente quando a cidade completar 300 anos. Em 2007, a capital fez 288 anos.

Vários subplanos de desenvolvimento serão considerados, como, por exemplo, o turismo. Segundo Vieira, esta estratégia trará à aliança, indicadores, projetos, metas e prazos de execução. “O poder público vai fomentar a vocação, mas as ações práticas virão do poder público, de parcerias público-privadas e de mobilização exclusivamente privada”.

ORÇAMENTO E PRAZOS – O Plano prevê investimentos de cerca de R$ 700 mil e contempla um subplano de marketing e comunicação, como forma de atrair a participação de toda a sociedade. As cifras não prevêem investimentos em mídia. “Hoje, temos 26 entidades que fizeram adesão e podemos chegar a 50”, anuncia Vieira, embasado em uma pesquisa realizada pela KGM Pesquisas, neste mês.

Durante o lançamento será instalado o Conselho Pró-Cuiabá, que será responsável pela implantação das ações. A primeira fase, a do diagnóstico, demandará cerca de cinco meses e em seguida vem a segunda fase, a da vocação.

A PESQUISA – A pesquisa revela que 51% das empresas de Cuiabá estão há mais de 10 anos no mercado. Trinta e sete por cento dos entrevistados se disseram satisfeitos com o mercado local. Já 75% dos entrevistados estão filiados a sindicatos e entidades de classe e destes, 26% acreditam que o fortalecimento das entidades é a melhor forma de enfrentar com sucesso o mercado. Questionados sobre o Plano, 88% acharam a estratégia útil, dos quais 52% estão dispostos a aderir. 30% querem conhecer as diretrizes primeiro.




Fonte: Diário de Cuiabá

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