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Segunda - 15 de Abril de 2013 às 10:52
Por: KATIANA PEREIRA

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Toni foi foi espancado até a morte, dentro de pizzaria
Toni foi foi espancado até a morte, dentro de pizzaria
Os três acusados de assassinarem o estudante africano Toni Bernardo da Silva devem ser ouvidos em audiência de pronúncia e instrução na próxima quarta-feira (17), a partir das 13 horas, na Terceira Vara Criminal da Capital, no Fórum de Cuiabá. 

 
 
Serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa que não participaram da primeira audiência, realizada no dia 6 de fevereiro deste ano.



 
Terminadas as oitivas das testemunhas, devem ser ouvidos os três acusados pelo Ministério Público do Estado (MPE) de espancarem Toni até a morte. Trata-se dos policiais militares Higor Marcell Mendes Montenegro e Wesley Fagundes Pereira e o instrutor de autoescola Sérgio Silva da Costa.

 
 
Os três foram denunciados pelo MPE de lesão corporal seguida de morte. Toni, que tinha 27 anos e era natural de Guiné-Bissau, foi espancado até a morte no dia 22 de setembro de 2011, na pizzaria Rola Papo, localizada no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.

 
 
Em fevereiro, foram ouvidas 11 testemunhas, sendo oito de acusação e 3 de defesa. No total foram arroladas 18 testemunhas, mas nem todas foram localizadas pela Justiça. 

 
 
A audiência ocorreu na 8ª Vara Criminal da Capital e foi conduzida pela juíza Maria Rosi de Meira Borba.

 
 
Testemunhas de acusação, ouvidas na audiência passada, afirmaram que os réus continuaram a bater no africano, depois que ele já estava caído e imobilizado. 

 
 
O dono do Rola Papo, José Dimas Mathar, disse que viu Toni no chão já dominado pelos policiais militares e que os dois continuaram a agredi-lo. 

 
 
Ele contou que as pessoas que estavam no restaurante começaram a gritar e chamaram a Polícia Militar.

 
 
"Eu falei para eles pararem de bater, que iam acabar matando o rapaz. O Sérgio já tinha se afastado, voltou e deu uns chutes na cabeça dele, aí eu o empurrei e falei que já chega", disse o comerciante, durante audiência.



 
Acusações 

 
 
Além do crime de lesão corporal, os três são acusados pelos agravantes que teriam impossibilitado a defesa da vítima. 


 
Eles também são acusados de utilizarem "meio cruel" - socos e chutes - para agredir o estudante, que estava imobilizado. 



 
Se condenados, os três acusados pode cumprir uma pena de 4 a 12 anos de prisão. No caso dos policiais, de acordo com o artigo 92 do Código Penal, se a condenação seja superior a quatro anos, haverá a perda do cargo público. 

 
 
Caso Toni 



 
De acordo com a denúncia do MPE, Toni foi até a pizzaria e pediu dinheiro para a esposa do consultor, que não teria gostado da atitude, e começou uma briga com o rapaz. 

 
 
Os policiais militares, que também estavam na pizzaria, teriam se unido ao consultor e espancado o estudante, que morreu devido às agressões. 

 
 
Toni Bernardo veio ao Brasil para fazer intercâmbio na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde cursava Economia.





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