Sarkozy defende diplomacia para libertar Betancourt

Paris - O novo presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que a libertação da a ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt - que também tem cidadania francesa - é uma das prioridades de sua política externa. Sarkozy recebeu hoje no Palácio do Eliseu o ex-marido de Betancourt, Fabrice Delloye, e os dois filhos, Lorenzo e Mélanie. O presidente francês deixou claro, no entanto, que o uso da força militar para libertar a colombiana é perigoso para a vida da refém e que a diplomacia é o melhor caminho.

Na véspera, em uma das primeiras ações externas de seu governo, Sarkozy havia telefonado para seu colega colombiano, Álvaro Uribe, para informar-se sobre o caso e expressar o desejo da França de uma solução negociada para a crise. Poucos minutos depois da visita dos parentes de Betancourt, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da França, Jean-Baptiste Mattei, deixou clara a oposição francesa à decisão de Uribe de ordenar um resgate pela via militar. "Recordamos nossa posição sobre o tema: somos contrários a uma ação militar que possa pôr em risco a vida dos reféns."

Uribe ordenou hoje aos militares colombianos que libertem Betancourt e todos os reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Betancourt foi seqüestrada pelas Farc em 2002, quando visitava a região desmilitarizada no sul da Colômbia. Um policial que conseguiu fugir do cativeiro das Farc nesta semana diz que Betancourt está viva e entre os reféns.