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Internacional
Sexta - 18 de Maio de 2007 às 18:50

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SÃO PAULO, 18 de maio de 2007 - O presidente da União Industrial Paraguaia (UIP), Gustavo Volpe, defendeu o aperfeiçoamento do Mercosul para diminuir as assimetrias econômicas entre Brasil e Paraguai. Países pequenos como o Paraguai e Uruguai, segundo o empresário, devem receber um apoio formal dos demais países do Mercosul para desenvolverem sua economia. "Assim, faremos com que esse seja realmente um bloco e não fenômenos de competência, mas de complementação, para buscar terceiros mercados e ser eficiente, ser um bloco real", afirmou. Volpe advertiu, porém, que para que essa integração de fato ocorra é preciso que "haja uma cooperação regional e que não seja somente um tratado que tem suas letras mortas". Ele lembrou que quando a União Européia foi criada, o bloco apoiou países mais pobres e com economia menos desenvolvida para gerar competitividade, para defender que seja dada mais ajuda ao seu país para eliminar o que chamou de "assimestria tão descomunal".Essa ajuda, diz ele, deve ser direcionada, inclusive para a abertura dos mercados dos países vizinhos.

"Tendo em conta que a economia paraguaia é 1% da economia brasileira, o que nós vamos vender ao Brasil não pode sequer fazer cócegas na economia [brasileira] e muito menos à industria brasileira". O presidente da UIP ressaltou que desde a assinatura do Tratado de Assunção, em 1991, que deu origem ao Mercosul, a economia paraguia começou a sofrer fortes prejuízos, principalmente por conta da queda das barreiras . "A indústria paraguaia não estava preparada para competir de igual para igual com economias de escalas muito mais elevados que a nossa. O Mercosul fez com que muitas das indústrias que não estavam preparadas morressem e com elas muitos postos de trabalhos que ficaram sem possibilidade de serem recuperados", disse.Ele disse ainda que a assinatura de acordos de cooperaçao na área de biocombustíveis é muito importante para o Paraguai, principalmente por causa do acordo entre Brasil e Estados Unidos nesse setor. "Nós sabemos que os Estados Unidos podem ser um consumidor grande e se o Paraguai prover diretamente o Brasil para que isso possa ser exportado aos Estados Unidosseria muito importante porque desenvolveria o país, já que se tem um mercado assegurado", afirmou.




Fonte: Agência Brasil

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