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Economia
Sexta - 18 de Maio de 2007 às 18:13
Por: Adriana Chiarini

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse ontem que quer reduzir as taxas de juros do banco para financiamento à inovação. A instituição financeira tem uma linha desse tipo com taxas de juros fixa em 6% ao ano e mais 1,8% de spread de risco (taxa que contabiliza um eventual calote). "O spread (de remuneração) do BNDES já foi zerado". A outra linha para inovação tem encargo pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e o mesmo spread de risco de até 1,8%. Coutinho explica que a redução das taxas vai acontecer à medida em que os juros caiam.

Em sua palestra no 19º Fórum Nacional, o presidente do BNDES enfatizou a inovação, que para ele deve ser o eixo estratégico da política de desenvolvimento econômico, social e ambiental. "Inovação e desenvolvimento são sinônimos".

Ele disse também que existe uma percepção que o crescimento global se sustenta mesmo com a desaceleração da economia americana, que seria compensada pelo crescimento de outras partes do mundo como a China. Coutinho destaca que deve-se prestar mais atenção ao superávit em conta corrente (saldo das transações do país com o exterior) em vez de apenas ao superávit comercial (saldo positivo entre as exportações e as importações).

O presidente do BNDES comentou que "o superávit em conta corrente não é tão grande assim, é de US$ 13 bilhões ou US$ 14 bilhões". Ele alerta que, se esse superávit, no futuro, se transformar em um déficit, vai recriar "um quadro de vulnerabilidade que já superamos, e não tem sentido voltar atrás".

De acordo com Coutinho, a inovação ajudaria o Brasil também em aumentar a participação no comércio internacional e dar mais competitividade aos produtos brasileiros. Para ele, a política industrial deve ser intensiva "em crédito barato, em coordenação e em olhar os elos fracos da cadeia". Coutinho diz que não está propondo nada novo, mas sim "copiar o que funciona em outros países".





Fonte: AE

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