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Internacional
Sexta - 18 de Maio de 2007 às 16:54

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As facões palestinas Hamas e Fatah trocaram tiros em uma universidade da Cidade de Gaza, e aviões militares e a artilharia israelenses bombardearam alvos do Hamas pelo terceiro dia consecutivo, matando oito pessoas, em reação aos ataques com foguetes do grupo islâmico contra Israel. Ao todo, pelo menos 67 pessoas já morreram na última semana, vitimadas pelos combates nas ruas ou pelos ataques israelenses.

O som de tiros e de explosões ecoa pela Faixa de Gaza, enquanto homens mascarados posicionam-se nas estradas e telhados, desafiando mediadores que trabalham furiosamente para levar os dois lados a recolher suas armas. Contra este pano de fundo de violência palestina que ameaça desembocar numa guerra civil, ataques aéreos de Israel acrescentam um novo elemento de violência e incerteza.

O Exército israelense diz que cerca de 90 foguetes de fabricação caseira atingiram o sul do país desde quarta-feira. Pelo menos 13 foram disparados hojr, dois dos quais deixaram quatro feridos. Além disso, os seis dias de combate entre o Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, e o Hamas já causaram 47 mortes e deixaram em ruínas o acordo entre as duas facções para a partilha do poder. Mais 20 palestinos morreram nos ataques aéreos israelenses. Israel lançou mais seis bombardeios só hoje.

Os combates entre as facções palestinas parecem mostrar que nem o Hamas e nem o Fatah controla seus milicianos. Furiosas com o acordo de partilha de poder que já dura dois meses e ansiosas por um tudo ou nada, as alas armadas dos dois grupos - e não a liderança política - estão decidindo o que acontece nas ruas de Gaza. Em sinal de crescente fraqueza, o primeiro-ministro Ismail Haniyeh, membro do Hamas, e o presidente Mahmoud Abbas, do Fatah, não foram capazes de fazer um cessar-fogo funcionar, a despeito de repetidas tentativas.

Na raiz dos combates, está o fracasso da coalizão Hamas-Fatah em definir a questão de quem controla as forças policiais e de segurança. O governo também não foi capaz de acabar com o isolamento internacional dos palestinos, provocado pelo histórico do Hamas como organização terrorista e sua recusa em reconhecer o Estado de Israel.





Fonte: AE-AP

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