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Internacional
Sexta - 18 de Maio de 2007 às 14:57

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A China tem 30 milhões de deprimidos, dos quais apenas 10% fazem tratamento médico, uma conseqüência direta da marginalização e preconceitos sociais que cercam as pessoas com transtornos psiquiátricos neste país, informou hoje o jornal China Daily.

A situação se agrava devido à escassez de psiquiatras, só 17 mil em toda a China, ou um só profissional para cada 76 mil pessoas, dez vezes menos que nos países ocidentais.

O subdiretor da Associação de Psiquiatras Chineses, Hao Wei, lembrou em um congresso realizado em Xangai que mais de 60% dos chineses com depressão poderiam se beneficiar de um tratamento médico adequado e da ajuda dos profissionais.

Hao lamentou que sejam poucos os médicos disponíveis, e criticou que o investimento em atendimento psiquiátrico é insuficiente na China, onde 75% dos casos de depressão são diagnosticados por médicos, não psiquiatras.

Neste sentido, mostrou seu apoio aos médicos que receitam antidepressivos, rejeitados na China devido a seus efeitos colaterais, mas úteis para enfrentar a doença.

No entanto, acima de problemas estruturais, Hao ressaltou que o grande obstáculo a ser superado continua sendo o estigma na China que cerca as pessoas com problemas psiquiátricos, que impede a maioria de ir aos centros correspondentes.

O custo econômico da depressão, em termos de tratamento médico e perda de mão-de-obra, fica em cerca de US$ 7,8 bilhões na China, e a doença tem maior incidência nas zonas rurais e entre mulheres.





Fonte: EFE

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