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Baixa participação e irregularidades marcam as eleições argelinas
A baixa participação, de cerca de 35,51%, e uma série de irregularidades foram as características principais das eleições legislativas argelinas, realizadas nesta quinta-feira, que confirmaram a apatia da população diante da disputa eleitoral.
Os resultados anunciados à meia-noite pelo ministro do Interior, Yazid Zerhuni, mostram o menor índice de participação eleitoral registrado em toda a história do país. O percentual não passou de 16,14% em Tizi-Ouzou e 17,77% em Bujia, na Cabília. A região registra o maior sentimento de rejeição ao poder central.
Em Argel a participação foi de 18,41%, outro fenômeno inédito. O eleitorado mostrou estar alheio às lutas dos clãs políticos.
Nas eleições legislativas de 2002, o índice foi de 46,17%.
Defensoras do boicote, a Frente das Forças Socialistas (FFS) e a proibida Frente Islâmica de Salvação (FIS), que tiveram o apoio do grupo terrorista salafista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), poderão argumentar que a população abraçou as suas propostas.
Além da abstenção, as eleições foram marcadas por vários casos de irregularidades, confirmando o peso no país da cultura da fraude.
A Comissão de controle, nomeada pelas altas instâncias políticas, reconheceu que em diversos locais as urnas já estavam cheias com cédulas de votos em candidatos da Frente de Libertação Nacional (FLN) antes do início da votação.
Os aliados da FLN na atual coalizão governamental, a Reunião Nacional Democrática (RND) e o Movimento da Sociedade pela Paz (MSP), protestaram, mas não quiseram fazer muito barulho, já que devem garantir a sua fatia no resultado final.
As irregularidades apontam para o governamental FLN, que nos anos de unipartidarismo fez da fraude uma de suas ferramentas de poder, como analisam os historiadores.
Para Nadia Burriche, a campanha eleitoral foi "um tambor tocando para uma assembléia de surdos", formada por uma população cansada de promessas enganosas.
Pode parecer um exagero, mas os argelinos acreditam que os candidatos não pensam em servir ao povo, e sim aos seus interesses pessoais.
As irregularidades "deram razão aos defensores do boicote", disse Buguerra Soltani, dirigente do MSP. A análise é fatal para o pluralismo político e a frágil democracia argelina. A rejeição também prejudica o próprio presidente Abdelaziz Bouteflika.
A participação nas eleições legislativas argelinas vem caindp progressivamente. Em 1982, foi de 71,745; em 1987, 87,29%; em 1997, 69,5%; e em maio de 2002, 46,17%.
Os resultados anunciados à meia-noite pelo ministro do Interior, Yazid Zerhuni, mostram o menor índice de participação eleitoral registrado em toda a história do país. O percentual não passou de 16,14% em Tizi-Ouzou e 17,77% em Bujia, na Cabília. A região registra o maior sentimento de rejeição ao poder central.
Em Argel a participação foi de 18,41%, outro fenômeno inédito. O eleitorado mostrou estar alheio às lutas dos clãs políticos.
Nas eleições legislativas de 2002, o índice foi de 46,17%.
Defensoras do boicote, a Frente das Forças Socialistas (FFS) e a proibida Frente Islâmica de Salvação (FIS), que tiveram o apoio do grupo terrorista salafista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), poderão argumentar que a população abraçou as suas propostas.
Além da abstenção, as eleições foram marcadas por vários casos de irregularidades, confirmando o peso no país da cultura da fraude.
A Comissão de controle, nomeada pelas altas instâncias políticas, reconheceu que em diversos locais as urnas já estavam cheias com cédulas de votos em candidatos da Frente de Libertação Nacional (FLN) antes do início da votação.
Os aliados da FLN na atual coalizão governamental, a Reunião Nacional Democrática (RND) e o Movimento da Sociedade pela Paz (MSP), protestaram, mas não quiseram fazer muito barulho, já que devem garantir a sua fatia no resultado final.
As irregularidades apontam para o governamental FLN, que nos anos de unipartidarismo fez da fraude uma de suas ferramentas de poder, como analisam os historiadores.
Para Nadia Burriche, a campanha eleitoral foi "um tambor tocando para uma assembléia de surdos", formada por uma população cansada de promessas enganosas.
Pode parecer um exagero, mas os argelinos acreditam que os candidatos não pensam em servir ao povo, e sim aos seus interesses pessoais.
As irregularidades "deram razão aos defensores do boicote", disse Buguerra Soltani, dirigente do MSP. A análise é fatal para o pluralismo político e a frágil democracia argelina. A rejeição também prejudica o próprio presidente Abdelaziz Bouteflika.
A participação nas eleições legislativas argelinas vem caindp progressivamente. Em 1982, foi de 71,745; em 1987, 87,29%; em 1997, 69,5%; e em maio de 2002, 46,17%.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/226807/visualizar/
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