Ex-mafioso japonês libera refém mas não se entrega à Polícia

Um ex-membro da máfia japonesa, fechado em sua casa e armado, liberou hoje a sua ex-mulher, que mantinha como refém desde a manhã de quinta-feira.

O homem foi identificado como Hitaso Obayashi, de 50 anos, que a Polícia considera um ex-integrante do principal grupo da "Yakusa" (máfia japonesa), o Yamaguchi-gumi.

Ele soltou a ex-mulher, Michiko Mori, de 50 anos, por volta das 14h50 (2h50 de Brasília), após a negociação conduzida pela sua filha mais nova.

A Polícia, tenta convencer Obayashi a se entregar. A área num raio de 300 metros ao redor da casa foi isolada por 50 agentes.

Outros 170 estão preparados para intervir.

Obayashi se fechou em sua casa, na cidade de Nagakute, na província de Aichi (centro do Japão), na quinta-feira de manhã. Um carro patrulha havia chegado ao local atendendo a um pedido de auxílio que dizia: "meu pai está se comportando violentamente, com uma arma nas mãos".

O sargento Akifumi Kimoto, o primeiro a chegar, foi gravemente ferido no pescoço quando tentava se aproximar da entrada. Ele ficou estendido no chão, a três metros da porta da casa, durante mais de cinco horas, até ser resgatado e levado ao hospital.

O ex-mafioso ameaçava atirar na ambulância se ela se aproximasse de Kimoto, informou a "Kyodo".

Obayashi atirou na perna da sua filha mais nova, Risa, de 21 anos, e no abdômen do seu filho mais velho, Kento, de 25. Os dois estão fora de perigo.

O policial de 23 anos Kazuho Hayashi, membro do grupo de assalto da Polícia, foi morto pelo ex-mafioso. Ele levou um tiro no peito, perto da clavícula, apesar de usar um colete à prova de balas e de estar atrás de um veículo, quando as forças de segurança tentavam salvar a vida de Kimoto.

Desde 17 de abril, houve dois outros incidentes ligados à "Yakusa". O prefeito de Nagasaki foi assassinado por um membro do grupo Yamaguchi-gumi e outro mafioso matou um integrante de seu grupo, o Kyokuto-kai, matando-se em seguida, nos arredores de Tóquio.