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Em despedida, Bush e Blair negam arrependimentos
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, insistiram em sua reunião de despedida na quinta-feira que não têm nada do que se arrepender em relação à aliança para a guerra no Iraque, mesmo com os prejuízos que suas imagens pessoais sofreram.
Lado a lado na Casa Branca pela última vez antes de Blair deixar o governo, no dia 27 de junho, os dois líderes derramaram elogios mútuos e se defenderam contra as críticas à guerra.
"Existem muitos sabe-tudos no processo político", disse Bush na entrevista coletiva. "Tony Blair é uma pessoa que segue até o fim suas convicções."
Blair devolveu o elogio, descrevendo Bush como um "líder forte num tempo em que o mundo precisa de lideranças fortes".
Mas a última visita de Blair a Washington antes de o premiê deixar o posto ressaltou o preço que ele teve de pagar pela aliança com Bush, que lhe valeu até o apelido de "poodle de Bush".
Se a guerra prejudicou os dois líderes, é Blair quem está saindo do poder antes do fim do mandato, pressionado por seu próprio Partido Trabalhista a deixar o cargo antes das próximas eleições gerais, previstas para 2009.
Bush chegou a advertir os repórteres britânicos por "tentar sapatear sobre seu túmulo político".
Quando lhe perguntaram se ele achava que tinha um pouco de culpa pela saída precoce de Blair do poder, Bush deu uma resposta ambígua: "Pode ser", disse, sorrindo. Depois acrescentou: "Não sei."
Blair disse que tomou a decisão de se alinhar a Bush depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, e que faria tudo de novo, mesmo sabendo o que sabe hoje.
"Tenho orgulho do relacionamento que mantivemos", disse o premiê.
Blair foi recebido de braços abertos na Casa Branca, onde ficou hospedado no mesmo quarto em que Winston Churchill dormiu nas várias visitas durante a guerra, décadas atrás.
Os dois falaram sobre maneiras de reduzir as divergências entre os EUA e a Europa no que diz respeito ao aquecimento global, dentro dos preparativos para a cúpula do G8 na Alemanha, no mês que vem, sobre como fazer as negociações sobre o acordo de livre comércio global avançarem e sobre a manutenção da pressão sobre o Irã na questão nuclear.
Mas o assunto predominante foi a guerra no Iraque, a responsável por forjar a amizade entre Bush e Blair, que para analistas será decisiva para definir seus legados. Os dois participaram de uma videoconferência com comandantes e diplomatas dos dois países em Bagdá, disse Gordon Johndroe, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
O provável sucessor de Blair, o ministro das Finanças Gordon Brown, dificilmente terá a mesma amizade com Bush, acreditam especialistas.
Lado a lado na Casa Branca pela última vez antes de Blair deixar o governo, no dia 27 de junho, os dois líderes derramaram elogios mútuos e se defenderam contra as críticas à guerra.
"Existem muitos sabe-tudos no processo político", disse Bush na entrevista coletiva. "Tony Blair é uma pessoa que segue até o fim suas convicções."
Blair devolveu o elogio, descrevendo Bush como um "líder forte num tempo em que o mundo precisa de lideranças fortes".
Mas a última visita de Blair a Washington antes de o premiê deixar o posto ressaltou o preço que ele teve de pagar pela aliança com Bush, que lhe valeu até o apelido de "poodle de Bush".
Se a guerra prejudicou os dois líderes, é Blair quem está saindo do poder antes do fim do mandato, pressionado por seu próprio Partido Trabalhista a deixar o cargo antes das próximas eleições gerais, previstas para 2009.
Bush chegou a advertir os repórteres britânicos por "tentar sapatear sobre seu túmulo político".
Quando lhe perguntaram se ele achava que tinha um pouco de culpa pela saída precoce de Blair do poder, Bush deu uma resposta ambígua: "Pode ser", disse, sorrindo. Depois acrescentou: "Não sei."
Blair disse que tomou a decisão de se alinhar a Bush depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, e que faria tudo de novo, mesmo sabendo o que sabe hoje.
"Tenho orgulho do relacionamento que mantivemos", disse o premiê.
Blair foi recebido de braços abertos na Casa Branca, onde ficou hospedado no mesmo quarto em que Winston Churchill dormiu nas várias visitas durante a guerra, décadas atrás.
Os dois falaram sobre maneiras de reduzir as divergências entre os EUA e a Europa no que diz respeito ao aquecimento global, dentro dos preparativos para a cúpula do G8 na Alemanha, no mês que vem, sobre como fazer as negociações sobre o acordo de livre comércio global avançarem e sobre a manutenção da pressão sobre o Irã na questão nuclear.
Mas o assunto predominante foi a guerra no Iraque, a responsável por forjar a amizade entre Bush e Blair, que para analistas será decisiva para definir seus legados. Os dois participaram de uma videoconferência com comandantes e diplomatas dos dois países em Bagdá, disse Gordon Johndroe, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
O provável sucessor de Blair, o ministro das Finanças Gordon Brown, dificilmente terá a mesma amizade com Bush, acreditam especialistas.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/226835/visualizar/
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