Rato diz que Wolfowitz renunciou pensando no que "mais convém" ao BM

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, afirmou hoje que Paul Wolfowitz renunciou como presidente do Banco Mundial pensando no que "mais convém" à instituição.

Em comunicado, Rato expressou seu convencimento de que o Banco e seus membros "permanecerão centrados na tarefa vital de promover o desenvolvimento econômico".

O ex-ministro espanhol de Economia também homenageou o presidente em fim de mandato do FMI.

"No tempo no qual colaboramos como dirigentes das duas instituições criadas em Bretton Woods avaliei nossa cooperação e admirei o compromisso de Paul Wolfowitz à causa da redução da pobreza e com o Banco como a principal instituição de desenvolvimento no mundo", declarou.

"Com relação a esta decisão, que (Wolfowitz) tomou com o que mais convém ao Banco", Rato disse que o ex-número dois do Pentágono lhe informou que renunciaria.

O Conselho Executivo do Banco Mundial (BM) aceitou hoje a renúncia de Paul Wolfowitz como presidente da entidade, que se tornará efetiva no dia 30 de junho.

"Os diretores executivos reconhecem a decisão de Wolfowitz de renunciar como presidente do Grupo do Banco Mundial, que se tornará efetiva no final do ano fiscal, em 30 de junho de 2007", diz um comunicado divulgado hoje pela entidade.

O próprio Wolfowitz se mostrou satisfeito pelo fato de a instituição financeira ter reconhecido que ele atuou de boa-fé no escândalo sobre o salário de sua namorada, Shaha Riza.

O Conselho informou também que "começará o processo de nomeação de um novo presidente imediatamente".

Na mesma linha, a Casa Branca disse que o presidente George W.

Bush anunciará "em breve" o novo candidato para substituir a Wolfowitz.

O presidente do Banco Mundial costuma ser um americano, e o diretor-gerente de sua instituição-irmã, o Fundo Monetário Internacional (FMI), um europeu.