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Saúde
Quinta - 17 de Maio de 2007 às 14:58

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Cientistas da Finlândia descobriram que uma vacina tetravalente contra o vírus do papiloma humano (VPH), causador de doenças sexualmente transmissíveis, previne a aparição de infecções graves na vagina e na vulva que podem derivar em câncer. Para chegar a esta conclusão, publicada na última edição da revista médica britânica The Lancet, os pesquisadores utilizaram a vacina tetravalente VPH 6/11/16/18 em um experimento realizado com mais de 18 mil mulheres entre 16 e 26 anos, de 24 países da Europa, Ásia e América.

Todas tomaram ou a vacina - que protege contra quatro tipos de vírus -, ou placebo, e foram acompanhadas durante três anos. As pacientes previamente expostas ao VPH tiveram 49% menos de infecções graves de vagina ou vulva e uma diferença de 71% na eficácia da vacina. Já as que nunca tiveram o vírus apresentaram diferença de 100%.

"Esta vacina terá maior efeito sobre as meninas que a tomarem nos primeiros anos da adolescência, antes de se exporem" às doenças sexualmente transmissíveis, prevêem os autores.

Os cientistas admitem que, no início, os efeitos da vacina nas mulheres "sexualmente experientes" serão mais fracos devido ao caráter crônico do VPH, do que só pode ter reprodução controlada depois de haver a infecção. Segundo o artigo, nos últimos 30 anos houve um considerável aumento no número de casos de infecções graves e de câncer de vulva.

"Esta tendência é preocupante porque os cânceres não se ajustam aos programas de diagnóstico. Antes o câncer de vulva era patrimônio quase exclusivo das mulheres de maior idade enquanto os últimos estudos mostram que 20% desse tipo de tumor pertence agora a mulheres de menos de 50 anos", diz o texto.

"Com freqüência, os cânceres de vulva e vagina não se detectam a tempo e a solução oferecida é a cirurgia, que pode mutilar e causar ansiedade, depressão, disfunções sexuais e uma baixa de auto-estima", acrescenta.

A infecção pelo VPH é a mais freqüente de todas as doenças sexualmente transmissíveis, embora possa manifestar-se sem nenhum tipo de sintoma. Isso dificulta que a paciente tenha conhecimento de que tem a doença. A afecção pode ser ocasionada por uma das mais de cem cepas distintas que existem deste tipo de vírus, que pode causar infecções que derivem em câncer cérvico-uterino, carcinoma de pênis e outros cânceres genitais.





Fonte: EFE

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