Mulheres também podem ter câncer de próstata, afirma estudo brasileiro
Foi num e-mail dando conta do conteúdo do último Jornal da Unicamp que fiquei sabendo da discussão sobre a versão mulheril da glândula que piamente acreditava ser prerrogativa masculina (inclusive o respectivo câncer). Está na reportagem de Manuel Alves Filho, sobre os estudos de Hernandes Carvalho, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas.
Hernandes e colaboradores da Unesp investigam em gerbilos (Meriones unguiculatus, roedores originários da Mongólia) a misteriosa glândula de Skene, estrutura homóloga da próstata masculina (veja figura abaixo). Descobriram que doses de testosterona podem estimular secreção e crescimento da glândula, até demais, levando a displasias (multiplicação pré-cancerígena). Um trabalho foi publicado em maio de 2006 pelo periódico especializado Biology of Reproduction.
O galho é que em condições normais de temperatura erótica e pressão arterial, a próstata feminina pode ser difícil de encontrar. Há mulheres em que a estrutura é praticamente indetectável mesmo em dissecação. Isso não impediu, porém, que a glândula de Skene - atrás da parede superior da vagina - tenha sido identificada com o próprio ponto G.
Friccionada, supostamente, provocaria (ou participaria de) orgasmo com ejaculação de um líquido similar à fração liquefeita do sêmen masculino. Mas só nas mulheres dotadas do órgão com, digamos, massa crítica.
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