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Polícia Brasil
Quinta - 17 de Maio de 2007 às 08:58

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A Polícia Federal deu início na manhã desta quinta-feira, 17, à Operação Navalha, contra fraudes em licitações de obras da construção civil dos órgãos do governo. Dezenove pessoas já foram presas, entre elas, o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), o presidente da empresa Gautama e o diretor do Detran de Alagoas, segundo a PF.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema de desvio de recursos públicos federais envolviam funcionários e intermediários da construtora Gautama, sediada em Salvador, que operavam infiltrados no governo federal, e em governos estaduais e municipais. A quadrilha garantia o direcionamento de verbas públicas para obras de interesse da Gautama e então conseguia licitações para empresas por ela patrocinadas. As obras eram superfaturadas, irregulares ou mesmo inexistentes.

A quadrilha desviou recursos do Ministério de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades, do Planejamento, e do DNIT.

Cerca de 400 policiais federais estão envolvidos com a operação, que está sendo realizada nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo e no Distrito Federal. São 40 mandados de prisão por fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro; e 84 mandados de busca e apreensão. O início das investigações foi em novembro de 2006.

Os mandados de prisão foram expedidos pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, já que muitos dos envolvidos no esquema teriam foro privilegiado, como secretários de Estado e agentes públicos. A ministra determinou também o bloqueio de contas e de imóveis dos integrantes do esquema. Os presos serão levados a Brasília.

Por conta da Operação Navalha, a polícia suspendeu a segunda parte da Operação Hurricane (furacão, em inglês), que seria realizada nesta manhã.

Na Hurricane, deflagrada no dia 13 de abril, a Polícia Federal prendeu bicheiros, delegados e magistrados acusados de crimes como corrupção, tráfico de influência e envolvimento com jogos ilegais.





Fonte: AE

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