Encontrada arma com ex-prefeito suspeito de fraude
Dois revólveres, ambos de calibre 38, marca Taurus, sendo um com cano de quatro polegadas e capacidade para seis cartuchos e outro com cano de duas polegada e capacidade para cinco tiros, além de 20 munições intactas e dois estojos deflagrados. Ainda três facas de modelo esportivo foram encontradas entre os documentos.
A polícia informou que um dos revólveres não possui nenhum tipo de documentação e que o outro tem registro, mas em nome de terceiros. Com isso, Sérgio Pinaffi deverá ser indiciado por posse ilegal de arma de fogo.
A máfia teria desviado dinheiro destinado à construção de casas populares pela estatal Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU). Suspeito de envolvimento, o ex-prefeito disse apenas que 'é inocente'. Os advogados que defendem os envolvidos no caso ainda não quiseram se pronunciar.
Depoimento confirma esquema
O Delegado Luis Otávio Forte e uma equipe designada pela Delegacia Seccional de Polícia Civil de trabalharam ontem durante todo o dia para ouvir os envolvidos na máfia das casinhas. Os depoimentos confirmaram o esquema de lavagens de dinheiro e reforçaram que o funcionário de uma das empresas de Francisco Emílio de Oliveira, o 'Chiquinho', Jovem Marcos Meiras, era o responsável pela lavagem do dinheiro.
Além de Chiquinho, foram ouvidos Edilene Luis Pereira (mulher do Chiquinho) e Roseli Susie de Oliveira Souza (irmã de Chiquinho).
Pelo menos 12 imóveis já foram seqüestrados. A Polícia Civil e o Ministério Público devem pedir o seqüestro de mais três imóveis descobertos apenas no início das investigações.
Nesta quinta-feira, a polícia pretende ouvir o coordenador de obras Climério, o contador Mário Antonio e pelo menos outras três pessoas.
Com a prisão de 17 pessoas supostamente envolvidas na máfia das casinhas, a rotina do prédio que abriga o plantão permanente, a Delegacia Participativa e a Delegacia Seccional da Polícia Civil em Presidente Prudente, foi totalmente alterada.
Desde a frente do prédio onde advogados, parentes e outras pessoas ligadas aos presos permanecem no aguardo de novidades. Delegados, investigadores e escrivães que estavam de folga ou trabalhando em outras unidades, foram convocados para auxiliar em uma espécie de mutirão para verificar toda a documentação apreendida.
Funcionários dividem os espaços das salas com fardos e pilhas de papeis, planilhas, pastas e outros documentos. Equipes extras foram chamadas para acelerar os trabalhos.
As autoridades designadas para acompanhar o caso permaneceram durante todo o dia de ontem, e parte da noite ouvindo os presos até por volta de 20h. A maratona dos serviços devem ser retomadas na manhã desta quinta-feira. E, devido o volume de documentos a ser vistoriado, deverá se estender até a próxima semana, ou ainda além.
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