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Polícia Brasil
Quinta - 17 de Maio de 2007 às 08:16
Por: Cícero Affonso

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Durante as investigações para apurar as irregularidades sobre a chamada "máfia das casinhas" em Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo, policiais civis que vistoriavam os documentos apreendidos na residência do prefeito cassado de Pirapozinho (SP) Sérgio Pinaffi, encontraram armas de fogo, armas brancas e munições.

Dois revólveres, ambos de calibre 38, marca Taurus, sendo um com cano de quatro polegadas e capacidade para seis cartuchos e outro com cano de duas polegada e capacidade para cinco tiros, além de 20 munições intactas e dois estojos deflagrados. Ainda três facas de modelo esportivo foram encontradas entre os documentos.

A polícia informou que um dos revólveres não possui nenhum tipo de documentação e que o outro tem registro, mas em nome de terceiros. Com isso, Sérgio Pinaffi deverá ser indiciado por posse ilegal de arma de fogo.

A máfia teria desviado dinheiro destinado à construção de casas populares pela estatal Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU). Suspeito de envolvimento, o ex-prefeito disse apenas que 'é inocente'. Os advogados que defendem os envolvidos no caso ainda não quiseram se pronunciar.

Depoimento confirma esquema

O Delegado Luis Otávio Forte e uma equipe designada pela Delegacia Seccional de Polícia Civil de trabalharam ontem durante todo o dia para ouvir os envolvidos na máfia das casinhas. Os depoimentos confirmaram o esquema de lavagens de dinheiro e reforçaram que o funcionário de uma das empresas de Francisco Emílio de Oliveira, o 'Chiquinho', Jovem Marcos Meiras, era o responsável pela lavagem do dinheiro.

Além de Chiquinho, foram ouvidos Edilene Luis Pereira (mulher do Chiquinho) e Roseli Susie de Oliveira Souza (irmã de Chiquinho).

Pelo menos 12 imóveis já foram seqüestrados. A Polícia Civil e o Ministério Público devem pedir o seqüestro de mais três imóveis descobertos apenas no início das investigações.

Nesta quinta-feira, a polícia pretende ouvir o coordenador de obras Climério, o contador Mário Antonio e pelo menos outras três pessoas.

Com a prisão de 17 pessoas supostamente envolvidas na máfia das casinhas, a rotina do prédio que abriga o plantão permanente, a Delegacia Participativa e a Delegacia Seccional da Polícia Civil em Presidente Prudente, foi totalmente alterada.

Desde a frente do prédio onde advogados, parentes e outras pessoas ligadas aos presos permanecem no aguardo de novidades. Delegados, investigadores e escrivães que estavam de folga ou trabalhando em outras unidades, foram convocados para auxiliar em uma espécie de mutirão para verificar toda a documentação apreendida.

Funcionários dividem os espaços das salas com fardos e pilhas de papeis, planilhas, pastas e outros documentos. Equipes extras foram chamadas para acelerar os trabalhos.

As autoridades designadas para acompanhar o caso permaneceram durante todo o dia de ontem, e parte da noite ouvindo os presos até por volta de 20h. A maratona dos serviços devem ser retomadas na manhã desta quinta-feira. E, devido o volume de documentos a ser vistoriado, deverá se estender até a próxima semana, ou ainda além.





Fonte: Terra

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