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Nacional
Quinta - 17 de Maio de 2007 às 06:43

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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral exonerou, nesta quarta-feira, o sub-coordenador adjunto militar, coronel Cláudio Rosa da Fonseca, que trabalha em seu gabinete, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Conversa gravada pela Polícia Federal, revela o juiz Ernesto Dória, preso na Operação Furacão, oferecendo propina ao coronel em troca da liberação de indenização que o Estado devia à mulher do magistrado. A exoneração do coronel (o terceiro no controle da segurança do governador) deve ser publicada hoje no Diário Oficial.

A mulher do juiz ganhou, na Justiça, indenização de R$ 300 mil contra o metrô do Rio. Na gravação, em 28 de fevereiro, o magistrado liga para o Palácio Guanabara e diz ao coronel que teria conversado com o governador sobre uma maneira de a assessoria jurídica autorizar o pagamento do valor.

A quantia é classificada como "uma merreca" pelo magistrado, no diálogo. O juiz conta que "uns malandros" queriam cobrar 30% pela liberação e oferece 25% (R$ 70 mil) ao coronel, a quem chama de irmão e amigo. Os dois combinam o horário para discutir o esquema, no Guanabara.

O advogado do juiz, Cléber Lopes de Oliveira, considera que não há corrupção na negociação feita pelo magistrado. O secretário da Casa Civil, Régis Fichtner informou que abrirá sindicância para apurar a denúncia. Ele disse desconhecer o assunto e frisou que o governador nunca conversou com o juiz sobre o pagamento. O processo de indenização está em fase de execução no Tribunal de Justiça, portanto,não houve pagamento.

Entre atribuições do gabinete militar estão a segurança pessoal de membros do governo e as famílias e a coordenação de serviços estratégicos, como telecomunicações e uso dos helicópteros.





Fonte: Terra

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