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Internacional
Quinta - 17 de Maio de 2007 às 04:34

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Sete pessoas foram assassinadas, entre elas cinco policiais, e 15 pistoleiros morreram em um confronto com a polícia no Estado mexicano de Sonora, na fronteira com os Estados Unidos, informaram hoje fontes oficiais.

No mesmo Estado, a sede de um jornal foi atacada com uma granada. Além disso, em Monterrey, capital do estado de Nuevo León, também no norte do país, sete pessoas foram seqüestradas por grupos armados.

A Promotoria de Sonora informou em comunicado que a morte dos policiais e os desaparecimentos, nos municípios de Cananea e Cuitaca, foram obra de "um grupo integrado por 40 a 50 pessoas fortemente armadas".

Em Cuitaca, pouco após a meia-noite, o grupo armado seqüestrou dois agentes da polícia, Jesús René Tolano Molinares e Cristóbal González Mata. Eles foram abandonados em uma estrada, "espancados em diferentes partes do corpo". O carro no qual viajavam foi achado no fundo de um barranco.

Segundo a nota, os criminosos usaram "10 a 15 veículos de diferentes marcas" e chegaram pouco depois a Cananea, onde capturaram mais cinco agentes da polícia.

"Horas mais tarde, foram localizados os corpos de quatro dos policiais" numa estrada próxima, acrescentou uma mensagem oficial.

Na cena do crime havia 50 cartuchos detonados de calibre 2,23 milímetros, usados em fuzis automáticos como o AR-15. Os criminosos seqüestraram também o proprietário de um posto de gasolina e outra pessoa não identificada.

"Em seguida, o Ministério Público localizou os corpos das três pessoas que tinham sido seqüestradas, um policial e dois civis", acrescentou o promotor de Sonora, Abel Murrieta. O grupo foi perseguido por policiais até Arizpe, onde houve um tiroteio e 15 pistoleiros foram mortos.

O governador de Sonora, Eduardo Bours, disse à rede "Televisa" que o grupo armado foi perseguido por cerca de 100 policiais. No confronto em Arizpe não houve baixas na polícia.

Em Hermosillo, capital do Estado, a sede do jornal "Cambio" foi atacada com uma granada. O atentado provocou somente danos materiais.

A chefe de redação, Beatriz Espinoza, explicou à Efe que a granada foi lançada na área do estacionamento e danificou a guarita de vigilância, três carros e algumas portas de acesso a armazéns.

Ela afirmou que a explosão "gerou muito nervosismo e uma forte mobilização policial", mas que não houve feridos.

No município de Guadalupe, na zona metropolitana de Monterrey, "um comando armado" com fuzis automáticos AR-15 seqüestrou ontem seis pessoas.

O Secretário de Segurança do município, José Ángel Almaraz, informou que ainda não há dados sobre o paradeiro dos seqüestrados.

Uma hora antes, três criminosos seqüestraram um policial de Monterrey que protegia uma casa. Omar Randu Marroquín, do Grupo Especial de Reação, foi atacado por um grupo de homens armados com rifles. Ele foi levado em uma caminhonete sem placas, que fugiu. Na mesma cidade estão desaparecidos dois jornalistas da "TV Azteca", há cinco dias.

Segundo dados extra-oficiais da imprensa local, a violência causou neste ano 1.019 mortes no México. A onda de seqüestros e assassinatos na maior parte do país é uma resposta às operações das autoridades com a presença de militares e policiais federais em diversos Estados mexicanos.

O deputado esquerdista Jesús Zazueta apresentou ontem uma proposta para pedir ao governo que "evite o posicionamento do Exército mexicano em tarefas de segurança pública". Zazueta, do Partido da Revolução Democrática (PRD), responsabilizou diretamente o Executivo pela violência no país.





Fonte: EFE

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