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Após posse, Sarkozy encontra Merkel e discute a UE
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o novo presidente francês, Nicolas Sarkozy, se comprometeram hoje a trabalharem juntos para tirar a União Européia (UE) da paralisia, após a França e a Holanda não ratificarem a Constituição européia em seus referendos.
Sarkozy, que viajou para Berlim poucas horas depois de tomar posse, disse que a visita à capital alemã não é apenas um gesto simbólico, mas uma forma de lançar uma mensagem política para os demais membros da UE.
"Quis expressar meu desejo de que comecemos a trabalhar imediatamente", declarou Sarkozy, que considera urgente "tirar a UE da inércia atual".
Merkel, que está à frente da Presidência rotativa da UE neste semestre, disse que tanto ela como Sarkozy irão "trabalhar" visando a cúpula de chefes de Estado e de Governo que acontecerá nos dias 21 e 22 de junho, em Bruxelas.
A líder alemã prometeu diversas vezes nas últimas semanas apresentar um plano específico na cúpula, com prazos concretos, para tornar realidade a Constituição Européia.
O presidente francês e a chanceler afirmam ser necessário alcançar um tratado consensual simplificado, que permita que a atual UE - com 27 membros - funcione.
Para Sarkozy, o eixo franco-alemão é importante para a construção da Europa, mas deve se abrir para Espanha, Itália, Reino Unido e Polônia.
Sarkozy e Merkel se opõem à entrada da Turquia na UE e apostam em uma associação privilegiada com Ancara.
Nos últimos meses, a chanceler teve um papel de destaque em Bruxelas diante da falta de uma liderança forte no bloco europeu.
Isto porque o então presidente francês Jacques Chirac e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, ensaiavam uma retirada.
Merkel, líder da União Democrata Cristã (CDU), e Sarkozy, ex-presidente da União por um Movimento Popular (UMP), conhecem-se há anos. No entanto, a chanceler teve que se afastar dele durante um período para não gerar um mal-estar com Chirac.
Dentro do Governo alemão, quem melhor conhece Sarkozy é Wolfgang Schäuble. Os dois se reuniram em várias oportunidades como ministros de Interior de seus países.
Segundo a revista alemã Der Spiegel, Schäuble era o responsável por transmitir para Merkel as posições do agora presidente francês, quando as pesquisas já o indicavam como sucessor de Chirac.
O eixo franco-alemão foi chave na construção européia desde que o presidente francês Charles de Gaulle e o chanceler alemão Konrad Adenauer assinaram o Tratado do Eliseu, em janeiro de 1963, em Paris.
O tempo dirá se a dupla formada por Merkel e Sarkozy tem a mesma sintonia das que envolviam Adenauer e De Gaulle, Helmut Kohl e François Mitterrand, e Gerhard Schröder e Jacques Chirac.
Merkel recebeu Sarkozy, em sua primeira viagem ao exterior como presidente francês, com tapete vermelho e honras militares, em um breve ato oficial de boas-vindas, após o qual estava programado um jantar.
Ao contrário de Jacques Chirac, Sarkozy não beijou a mão de Merkel ao chegar à Chancelaria, mas a abraçou e lhe deu um beijo na bochecha.
Sarkozy, que viajou para Berlim poucas horas depois de tomar posse, disse que a visita à capital alemã não é apenas um gesto simbólico, mas uma forma de lançar uma mensagem política para os demais membros da UE.
"Quis expressar meu desejo de que comecemos a trabalhar imediatamente", declarou Sarkozy, que considera urgente "tirar a UE da inércia atual".
Merkel, que está à frente da Presidência rotativa da UE neste semestre, disse que tanto ela como Sarkozy irão "trabalhar" visando a cúpula de chefes de Estado e de Governo que acontecerá nos dias 21 e 22 de junho, em Bruxelas.
A líder alemã prometeu diversas vezes nas últimas semanas apresentar um plano específico na cúpula, com prazos concretos, para tornar realidade a Constituição Européia.
O presidente francês e a chanceler afirmam ser necessário alcançar um tratado consensual simplificado, que permita que a atual UE - com 27 membros - funcione.
Para Sarkozy, o eixo franco-alemão é importante para a construção da Europa, mas deve se abrir para Espanha, Itália, Reino Unido e Polônia.
Sarkozy e Merkel se opõem à entrada da Turquia na UE e apostam em uma associação privilegiada com Ancara.
Nos últimos meses, a chanceler teve um papel de destaque em Bruxelas diante da falta de uma liderança forte no bloco europeu.
Isto porque o então presidente francês Jacques Chirac e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, ensaiavam uma retirada.
Merkel, líder da União Democrata Cristã (CDU), e Sarkozy, ex-presidente da União por um Movimento Popular (UMP), conhecem-se há anos. No entanto, a chanceler teve que se afastar dele durante um período para não gerar um mal-estar com Chirac.
Dentro do Governo alemão, quem melhor conhece Sarkozy é Wolfgang Schäuble. Os dois se reuniram em várias oportunidades como ministros de Interior de seus países.
Segundo a revista alemã Der Spiegel, Schäuble era o responsável por transmitir para Merkel as posições do agora presidente francês, quando as pesquisas já o indicavam como sucessor de Chirac.
O eixo franco-alemão foi chave na construção européia desde que o presidente francês Charles de Gaulle e o chanceler alemão Konrad Adenauer assinaram o Tratado do Eliseu, em janeiro de 1963, em Paris.
O tempo dirá se a dupla formada por Merkel e Sarkozy tem a mesma sintonia das que envolviam Adenauer e De Gaulle, Helmut Kohl e François Mitterrand, e Gerhard Schröder e Jacques Chirac.
Merkel recebeu Sarkozy, em sua primeira viagem ao exterior como presidente francês, com tapete vermelho e honras militares, em um breve ato oficial de boas-vindas, após o qual estava programado um jantar.
Ao contrário de Jacques Chirac, Sarkozy não beijou a mão de Merkel ao chegar à Chancelaria, mas a abraçou e lhe deu um beijo na bochecha.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/227086/visualizar/
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