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Nacional
Quarta - 16 de Maio de 2007 às 20:02
Por: Fabiana Cimieri

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RIO - O comando estadual de greve dos servidores da cultura no Rio estima que 95% dos funcionários aderiram à greve iniciada na última terça-feira, 15. O Estado é o que tem maior número de instituições ligadas ao Ministério da Cultura (Minc), entre elas a Biblioteca Nacional, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e importantes museus, como o Museu Imperial, em Petrópolis, e o Museu Nacional de Belas Artes, no centro.

A categoria reivindica a implementação do plano especial de cargos e salários, que incorpora as gratificações ao salário dos servidores. Segundo o pesquisador da Biblioteca Nacional, Jorge Paixão, do comando de greve, o ministro Gilberto Gil assinou um acordo se comprometendo a fazer a incorporação em 2005, depois de uma greve de 46 dias.

"A gratificação pode ser cortada pelo governo de uma hora para outra, sem maiores explicações. No caso de um aumento, o percentual incide apenas sobre o salário, que em geral é bem mais baixo do que o servidor efetivamente recebe", argumentou Paixão.



Incidente Alguns incidentes aconteceram nesta quarta-feira, 16, no segundo dia de greve. Piqueteiros impediram a entrada de empregados terceirizados e em cargos de confiança no Palácio Gustavo Capanema, onde funciona a representação do Minc no Rio.

No Paço Imperial, no centro, piqueteiros protestaram contra os donos do restaurante que funciona no local, e que permaneceu aberto. No Museu Nacional de Belas Artes, na mesma região, os terceirizados também foram proibidos de entrar.

"Barramos terceirizados porque somos a favor do concurso público, como prega a Constituição Federal. A figura do terceirizado não é permitida por lei, queremos que todos sejam servidores", explicou Paixão.

Ele ressaltou que o comando de greve tem como prioridade a manutenção do acervo das instituições e, por esse motivo, os grevistas estão liberando a entrada dos seguranças, mecânicos, eletricistas e funcionários do setor de limpeza.

Em 2005, os servidores da cultura fizeram uma greve que durou 102 dias. Nesse período, mais de mil gravuras sobre o Rio Antigo foram furtadas dos arquivos da Biblioteca Nacional.





Fonte: Estadão

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