Feira contribui com conhecimento prático a pequenos produtores

O foco no conhecimento e tecnologias como vetor de transformação da agricultura familiar ou a atividade do pequeno produtor é a principal contribuição da 1ª Feira de Negócios Sustentáveis do Pequeno Produtor.

O destaque sobre a importância do evento organizado pelo Sebrae e o Governo do Estado foi informada aos presentes no Centro de Eventos do Pantanal pelo gestor de Apicultura do Sebrae Nacional, Geraldo Resende, na abertura da feira.

Ele citou que a agricultura de grande porte do Brasil, o agronegócio, conseguiu, ao longo das últimas duas décadas, se sobressair e estar entre os maiores produtores e exportadores de açúcar, álcool, soja, suco de laranja, carne bovina e de frango.

“Precisamos fazer uma revolução radical também na agricultura familiar”, afirmou o representante do Sebrae Nacional. “O principal insumo da produção do agronegócio não é mais crédito, não é tecnologia, nem agroquímicos. É fundamental a informação”, comparou a urgência de agricultores familiares e pequenos produtores terem conhecimento sobre as formas de produzir e comercializar.

Segundo Resende, o volume de informação dobrava de quantidade a cada século. Isso passou depois para a proporção de uma década e, mas recentemente, a cada quatro anos. Atualmente, o volume dobra a cada 90 dias com a presença da internet.

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-MT, Pedro Nadaf, a Feipeq vai fornecer durante três dias transferência de conhecimento sobre crescimento e visibilidade de mercado para pequenos proprietários de produtos e serviços.

“Temos o exemplo das flores tropicais desenvolvidas com apoio do Sebrae em um assentamento em Várzea Grande, do Cerrado e da Amazônia, que antes não tinham valor”, relata Nadaf. “Na Feipeq teremos oficinas onde trabalhadores aprendem a fazer o produto e não só teoria”, comenta sobre a amplitude do evento para fortalecer o micro-empreendedor de forma sustentável.

Ao falar da parceria com o Sebrae, o secretário estadual de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato, destacou a busca de informação por pequenos empreendedores como sucesso dos negócios.

“Temos no caso das flores tropicais. Vai haver produção de flor porque precisou alguém ser empreendedor que identificou em nossas matas e houve quem identificou quem compra a flor”, comparou.

O superintendente do Banco do Brasil, Renato Barbosa, reforçou a idéia de obter conhecimento para os negócios. Ele disse que a Feipeq representa bem a divulgação de conhecimento, ao citar que houve tempo em que a terra era a riqueza, depois a detenção de maquinário e posteriormente dinheiro em espécie.

“Hoje em dia é ter cérebro. As melhores empresas do mundo surgiram do nada apenas por deter conhecimento e tecnologia”, afirmou. E disse porque o banco é parceiro em uma atividade como a Feipeq, que dissemina assuntos como empreendedorismo rural, agronegócio sustentável, comércio justo entre outros.

“É importante ter inteligência comercial, porque dentro da propriedade o produto é despesa. É receita somente quando sai da porteira da propriedade”, explicou Geraldo Resende sobre a equação aos pequenos negócios.

Programação

Na parte da tarde, haverá palestras sobre piscicultura (Legislação ambiental para piscicultura em Mato Grosso), das 14 às 16 horas, no Piso Sol, sala 2; sobre agricultura orgânica (Mercados sustentáveis), no mesmo horário, no Piso da Terra, Auditório das Flores. Das 14 às 18 horas, no Piso do Sol, no Auditório dos Pássaros haverá a palestra “Mercados nacional e internacional de Ovinos e Caprinos: Legislação de abate e propostas de desenvolvimento”.

Entre as oficinas da Feipeq, na tarde desta quarta-feira (16/5), acontece atividade com o tema “Criação de arranjos florais”, das 17 às 19 horas, no Pavilhão Espaço das Flores. Na agricultura orgânica, das 14 às 16 horas, no Piso do Sol, Sala 5, será realizada a oficina de “Produção de adubo verde”.

Sobre apicultura, haverá a oficina “Manejo para aumento da produtividade na apicultura”, das 14 às 18 horas, no Piso do Sol, na sala .