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Cidades/Geral
Quarta - 16 de Maio de 2007 às 13:42
Por: Rubens de Souza

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A demissão do comandante-geral da Polícia Militar, Adailton Evaristo de Moraes Costa, se deu em função do relatório produzido por uma equipe de inteligência criada para investigar denúncias de abuso de autoridade e agressões durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão de armas e drogas em três fazendas da região no último dia 7 de abril. E também pelo que ouviu na viagem que realizou até a região, na última terça-feira à tarde. E acabou relevando que o “Dossiê Rabelo”, documento encaminhado pelo deputado estadual Walter Rabelo (PMDB) que trata de várias denúncias contra o oficial, sequer foi ainda apreciado.

“Dossiê contra policiais a gente recebe todos os dias” – disse o governador. Com isso, conseguiu escapar da politização do caso. Apresentador de programa popular de televisão, Rabello tem sido um dos duros críticos do Governo no tocante a Segurança Pública. Ao receber o relatório – cuja autoria ainda está em fase de questionamentos – o parlamentar não perdeu tempo e foi até o governador. A queda do comando da PM, nesse caso, não pode ser atribuída ao trabalho do parlamentar.

Maggi havia prometido punir todos os polícias militares acusados de agirem com truculência e de agressão a trabalhadores rurais do assentamento União, na Gleba Suya Missú, da fazenda Borbom, no Araguaia e também com assentamentos em São Felix do Araguaia. O relatório produzido pela própria PM confirmou o que se divulgou. O deputado Adalto de Freitas (PMDB) denunciou em pronunciamento na Assembléia Legislativa a participação da Polícia Militar em crime de “pistolagem” na região. Na ação, casas dos agricultores foram destruídas e queimadas. Os agricultores denunciaram a ação, encaminhada pelo parlamentar a Comissão Permanente de Justiça Segurança e também à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa,

“A posição do governo é de repudiar com veemência o que aconteceu no Araguaia. Eu tenho orgulho da Polícia Militar de Mato Grosso me senti envergonhado do que aconteceu lá e queria pedir desculpas para a população porque a Polícia não é para fazer aquilo que aconteceu lá” - acentuou. Ele foi mais além: disse que o cidadão não paga impostos para sofrer as agressões que foram confirmadas.

O governador lembrou que estava viajando quando ocorreu o episódio e no seu retorno tomou conhecimento do relatório da equipe de Inteligência, que confirmou agressões a posseiros, de forma truculenta e brutal. Maggi explicou que a Polícia deve cumprir o seu papel e atender os preceitos legais. "A ordem judicial era para apreender armas e drogas, mas não fazer o que aconteceu. Isso nós não vamos admitir. Além de ter sido um ato arbitrário e destoado da orientação do Governo do Estado, os policiais encarregados da execução da ordem fizeram a desocupação de posseiros usando a brutalidade", disse.

Maggi, indignado com a ação policial relata: "teve gente amarrada, as pessoas estão com medo. É uma decisão que deve servir de exemplo. Não é nossa orientação este tipo de ação. As investigações prosseguem e todos os policiais envolvidos também serão responsabilizados” - assinalou.





Fonte: 24 Horas News

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