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Internacional
Quarta - 16 de Maio de 2007 às 09:36

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A explosão de um carro-bomba perto de um mercado xiita ao nordeste de Bagdá matou ao menos 32 pessoas e feriu outras 50 nesta quarta-feira. Fontes médicas disseram que o veículo poderia estar carregado com gás cloro, mas a polícia nega.

O ataque ocorreu às 7h45 (0h45 de Brasília) em Abu Saydah, na Província de Diyala. Os feridos foram levados a hospitais em Muqdadiyah e Cidade de Sadr.

Abu Saydah é uma região xiita 40 km ao nordeste do bastião sunita de Baquba, capital da Província de Diyala, que vive um cenário de violêncoa crescente após o início dsa operação dos EUA em Bagdá.

A região se tornou um reduto da organização Estado Islâmico do Iraque, coalizão de oito grupos armados liderada pela rede terrorista Al Qaeda.

Fontes dos hospitais suspeitaram do uso de cloro devido à dificuldade das vítimas para respirar e enxergar. Um dos feridos, Kadim Hussein, 45, que foi levado ao Hospital Imã Ali, em Cidade de Sadr, acusou os hospitais de Baquba de atender apenas sunitas.

"Meus olhos ficaram inchados devido ao cloro que estava dentro do carro-bomba", afirmou ele à agência de notícias Associated Press. "Fiquei ferido no peito e em um dos ombros".

Segundo fontes médicas, o hospital recebeu três corpos, e 11 dos feridos apresentavam sintomas de intoxicação por gás cloro.

Nesta terça-feira, a explosão de um carro-bomba conduzido por um suicida em um mercado popular da localidade de Al Meqdadiya, 110 quilômetros a nordeste de Bagdá, matou ao menos 14 pessoas, segundo fontes dos serviços de segurança.

Após a explosão, várias bombas também foram lançadas no local, impedindo a chegada de ambulâncias e da polícia. O atentado, que deixou 22 feridos, causou ainda danos a edifícios.

Seqüestro

No domingo (13), o Estado Islâmico do Iraque assumiu o seqüestro de três soldados americanos que desapareceram após um ataque a uma base do Exército dos Estados Unidos ontem. Outros quatro soldados americanos e um intérprete iraquiano morreram no ataque.

O Exército americano lançou no domingo uma megaoperação de busca que envolve mais de 4.000 soldados.

O ataque ocorreu perto da cidade de Mahmudiya, 30 km ao sul de Bagdá, considerada um bastião da Al Qaeda. O grupo afirmou em um comunicado divulgado na internet que "os irmãos do Estado Islâmico do Iraque, em um combate com uma patrulha de cruzados [tropas multinacionais] neste sábado (12) em Mahmudiya, tomou como reféns e matou vários deles".

Na segunda-feira (14), o Exército americano informou ter recebido uma mensagem atribuída à rede Al Qaeda exigindo o fim da megaoperação de busca pelos três soldados americanos.

Apesar de o comunicado não oferecer detalhes, o Exército dos EUA diz que o anúncio é uma "forte indicação" de que os reféns ainda estão vivos.





Fonte: Folha Online

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