Infidelidade é maior em países pobres, diz livro
Ex-jornalista do Wall Street Journal, Druckerman visitou 24 cidades de dez países para pesquisar a infidelidade, e classifica as nações em um ranking que vai das mais às menos infiéis.
Homens casados ou em concubinato na República do Togo, na África, são os campeões da infidelidade: o índice de adultério no país é de 37%.
No Brasil, segundo o livro, 12% da população seria infiel ao parceiro(a), ajudando os latinos a manter, segundo a escritora, sua reputação amorosa.
Na República Dominicana, 18% são infiéis, na Cidade do México, 15%.
Países ricos
Esses índices contrastam com os de países ricos. Na Suíça, uma pesquisa revelou que apenas 3% dos homens teriam sido infiéis às esposas nos últimos 12 meses.
O índice cai para 2,5% na Austrália. Na Grã-Bretanha, 9,3% dos homens e 5,1% das mulheres admitiram ter sido infiéis no último ano.
Em sua pesquisa, a escritora conversou com pessoas que são infiéis aos parceiros, sexólogos e terapeutas de casal.
O livro, Lust in Translation: The Rules of Infidelity from Tokyo to Tennessee ("Luxúria em Tradução: As Regras da Infidelidade de Tóquio ao Tennessee", em tradução livre), usa dados colhidos pelas autoridades em diversos países na tentativa de controlar a disseminação do vírus HIV para concluir que há mais adultério em países pobres.
Estados Unidos
De acordo com Druckerman, “os americanos são os piores tanto quando se trata de ter casos fora do casamento como na hora de lidar com as conseqüências".
Ela diz que o adultério é mais condenado nos Estados Unidos do que em qualquer outra nação e cita os mais de 50 mil terapeutas de casal existentes no país como evidência.
A autora sugere ainda que outras culturas parecem aceitar o fato de que um casamento monogâmico é um contrato incrivelmente difícil de cumprir.
No Japão e na Rússia, por exemplo, o adultério é quase padrão, sugere o livro.
Um dos entrevistados, um vendedor de tintas da cidade de Saransk, explica: "Na Rússia se diz que um bom caso fora do casamento mantém a família mais sólida".
O vendedor diz que "depois de passar tempo com outra mulher, você se sente culpado em relação à sua esposa e começa a tratá-la melhor".
Mas o livro Lust in Translation não consegue responder a uma pergunta importante: se em todos os países, os índices de mulheres que admitem ser infiéis são muito mais baixos do que os de homens, quem seriam, então, as amantes? Mulheres solteiras ou estrangeiras?
Pamela Druckerman cita estudos feitos nos anos 90 em que pesquisadores sugerem que haveria um grupo de mulheres, possivelmente prostitutas, ou talvez apenas amantes casuais, que estariam "servindo" vários homens casados.
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