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Internacional
Quarta - 16 de Maio de 2007 às 06:54

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O ex-embaixador americano nas Nações Unidas John Bolton, considerado um dos "falcões" da política externa americana, recomendou atacar o Irã antes que o país consiga desenvolver a bomba nuclear.

Em declarações ao jornal britânico "The Daily Telegraph", Bolton exigiu "mais seriedade" dos europeus, que devem reconhecer finalmente, na sua opinião, o fracasso de seus esforços para bloquear o programa iraniano de enriquecimento do urânio.

O Irã "domina a tecnologia de enriquecimento e não vai parar, está fazendo contínuos progressos, por isso não resta muito tempo", alertou Bolton.

O político americano recomendou como primeiro passo sanções econômicas que sejam "dolorosas", seguidas de uma tentativa de eliminar o regime teocrático e uma ação militar para destruir as instalações nucleares.

"Está demonstrado de modo conclusivo que não vamos convencer o Irã a abandonar o seu programa nuclear. Portanto, teremos que aumentar nossas pressões", argumentou Bolton.

"Se não conseguirmos que outros países se unam nesse esforço, teremos que tentar uma mudança de regime, apoiando grupos de oposição e coisas assim", sugeriu o ex-embaixador, considerado ideologicamente próximo ao vice-presidente dos EUA, Dick Cheney.

"Se tudo falhar, e tivermos que escolher entre um Irã capaz de desenvolver a arma nuclear e o uso da força, acho que esta tem que ser nossa opção", avisou.

Bolton admite que um ataque ao Irã vai criar problemas e que o sucesso não é garantido.

"É muito arriscado por causa do preço do petróleo, mas também porque, mesmo eliminando as instalações de enriquecimento de urânio em Natanz, talvez eles tenham outras em lugares que não conhecemos", observou.

De qualquer forma, os riscos de utilizar a força militar seriam menores que os de tolerar um Irã nuclear, afirmou Bolton.

"Imaginem o que seria um Irã nuclear, com a influência que teria sobre toda a região. Já está utilizando sua influência com o financiamento de grupos terroristas como o Hamas ou Hisbolá", disse.

Bolton justificou a Guerra do Iraque. "O regime de Saddam Hussein era uma ameaça, e acabamos com ela. O que fizemos depois não funcionou tão bem. Mas isso não significa que tenhamos por isso que evitar a eliminação de regimes problemáticos", avaliou.





Fonte: EFE

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