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Internacional
Terça - 15 de Maio de 2007 às 22:48

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A canadense Thomson Corp. e a agência de notícias britânica "Reuters" anunciaram hoje que após sua fusão vão manter estruturas distintas que permitirão que as ações das companhias sejam cotadas nas bolsas do Canadá, do Reino Unido e dos Estados Unidos separadamente.

Segundo o comunicado, os princípios editoriais da "Reuters" não sofrerão mudanças.

"As companhias serão entidades legais separadas, mas serão administradas e operadas como se fossem uma empresa única", diz a nota.

As duas empresas calculam que a sinergia da fusão, aprovada pelos conselhos de administração das duas companhias, superarão os US$ 500 milhões três anos após a finalização do acordo.

A Thomson e a "Reuters" acrescentaram que "os clientes se beneficiarão de um acesso fluído a conteúdos mais ricos e capacidades maiores nos mercados financeiros e profissionais".

Os conselhos de administração das duas empresas serão idênticos e a empresa conjunta - que se chamará Thomson-Reuters - será conduzida "por uma única equipe de gestão executiva".

A Thomson passará a ser Thomson-Reuters Corporation, enquanto a combinação da unidade Thomson Financial com os setores financeiro e jornalístico da "Reuters" manterá apenas o nome da agência britânica.

As outras unidades da Thomson (legal, fiscal e contábil, científico e da área da saúde) serão transformadas na Thomson-Reuters Professional.

A Thomson-Reuters adotará o princípio empresarial da "Reuters", chamado "Reuters Truste Principles", assim como a estrutura de ação dos fundadores da agência de notícias.

O executivo-chefe da "Reuters", Tom Glocer, ocupará o cargo de executivo-chefe da Thomson-Reuters, enquanto o presidente e executivo-chefe da Thomson, Richard J. Harrington, se retirará quando a fusão for concluída.

O presidente da Thomson, David Thomson, se transformará no presidente do conselho de administração da Thomson-Reuters.

Em relação à fusão, David Thomson afirmou: "Reconhecemos a rica história da ''Reuters'' e estamos comprometidos a manter os ''Reuters Trust Principles''".

Já Niall Fitzgerald, presidente da "Reuters", disse: "É um dia histórico para a ''Reuters'' e representa um grande capítulo no desenvolvimento da nossa companhia e o compromisso de nosso passado".

No entanto, o principal sindicato do Reino Unido, o Unite, expressou hoje sua preocupação pelo fato de a fusão resultar "uma perda de postos de trabalho em grande escala".

Em comunicado divulgado em Londres, o Unite, que representa os funcionários da Thomson e da "Reuters", diz que lutará junto de outros representantes dos empregados da agência para preservar os direitos de seus filiados. "Nossos membros estão muito preocupados com as implicações desta operação", afirma em comunicado um porta-voz nacional do Unite, Steve Sibbald.




Fonte: EFE

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