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Polícia Brasil
Terça - 15 de Maio de 2007 às 20:28

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Sindicância do Conselho Regional de Medicina (CRM), vai apurar se houve conduta irregular de médicos na avaliação do estado de saúde de Helena Jacarandá. Envolvida no caso das lacraias, a ex-tabeliã alegou problemas de saúde para ser posta em liberdade.

Os atestados médicos abriram caminho para a libertação da ex-tabeliã Helena Costa Jacarandá. A suspeita de fraude foi levantada pela Justiça Federal, com base em interceptação telefônica.

Na gravação telefônica, a neta de Helena combina com o médico de Barra do Garças, por telefone, detalhes de um laudo.

Priscila, neta de helena diz: doutor Dalton, é Priscila, neta da Helena. A gente queria, só porque a gente quer acrescentar a osteoporose. Ela não tinha uma osteoporose?

O médico, doutor Dalton responde: Não, eu pus artrite.

Priscila pergunta outra vez: artrite?

O médico volta a responder: É artrite. Eu pensei em osteoporose também, mas achei melhor colocar artrite, que aí eu estou colocando a idade, como a idade como fato relevante.

De acordo com o juiz federal, Julier Sebastião, “o processo evidenciou uma possível irregularidade com um laudo médico, com a participação de três profissionais médicos, na análise da ré que estava presa”.

A justiça determinou a abertura de inquérito policial e mandou ofício ao CRM, informando o teor das investigações.

O CRM decidiu abrir uma sindicância para investigar o caso. O presidente do conselho, definiu as gravações telefônicas como suspeitas, mas disse que ainda é cedo para condenar os médicos.

“São apenas gravações telefônicas e pelo que eu vi através da imprensa, não dá ainda para analisar se a conduta deles foi uma conduta inadequada ou não. Eu preciso ouvir mais intensamente e detalhadamente as partes para saber se realmente foi inadequada ou não”, disse Aguiar Farina, presidente do CRM.

Por telefone, o médico que aparece nas gravações telefônicas falou sobre o assunto. Ele negou que tenha forjado o laudo a pedido da família de Helena Jacarandá.

“Eu não coloquei osteoporose porque já estava com o diagnóstico preparado. Após conversar pelo telefone, eu coloquei no laudo tudo aquilo que eu sabia o que era. Eu já tinha o diagnóstico completo. Coloquei que ela estava com diabetes porque ela tem um problema sério de família, ela já teve crise de hiperglicemia, crise de hipertensão, tem problemas sérios de dores, dores em tudo quanto é lugar, e eu dei o atestado constando isso. Não teve combinação nenhuma, inclusive não teve ônus da parte dela. Eu fiz o atestado para ela porque era uma pessoa que estava sofrendo, estava presa, precisando de um atendimento, e eu dei o atendimento, dei o atestado” disse.

“Não havendo comprovação de culpa, eles podem ser apenados de acordo com o que manda a lei 3268, que é censura confidencial, censura pública, suspensão desses profissionais por 30 dias ou até cassação definitiva da profissão”, disse Aguiar Farina.





Fonte: TV Centro América

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