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Nacional
Terça - 15 de Maio de 2007 às 19:00
Por: Ana Paula Scinocca

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BRASÍLIA - Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decidiram pela manutenção da greve iniciada na segunda-feira. Nesta terça, a paralisação atingia todos os 26 Estados do País e o Distrito Federal, segundo balanço da Associação Nacional dos Servidores do Ibama.

Nesta tarde, os servidores resolveram recorrer da decisão judicial que, por meio de liminar, determinou na véspera a manutenção do funcionamento de todos os serviços prestados pela autarquia. A liminar, expedida pela 17ª Vara da Justiça Federal, fixou em 50% o efetivo mínimo obrigado a comparecer trabalho.

A decisão de recorrer da liminar foi tomada em conjunto pela Associação Nacional dos Servidores do Ibama, pela Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais e pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal. A expectativa é que as três entidades entrem com recurso ainda nesta noite (utilizando assim o plantão da Justiça).

"Estamos recorrendo da decisão judicial. A greve é um direito e todos os serviços do Ibama que atuam em áreas relacionadas ao patrimônio público estão trabalhando para que não ocorra nenhum dano", assegurou o presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa. Entre os serviços que estão sendo realizados normalmente, segundo a associação, estão o de fiscalização de parques e monitoramento de queimadas e de acidentes ambientais.

A greve nacional no Ibama teve início anteontem e foi deflagrada em uma reação à Medida Provisória editada pelo governo. A MP dividiu a autarquia em dois, criando o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e Conservação. Antes da reforma, o Ibama contava com 6.400 funcionários.

Nesta terça, os sindicalistas informaram que não poderiam precisar o percentual de funcionários do Ibama que aderiram à paralisação. A liminar expedida pela Justiça fixou multa diária de R$ 5 mil caso o efetivo mínimo de 50% não fosse cumprido.

O próprio Ibama também não soube informar quantos funcionários deram expediente um dia depois da determinação judicial. O órgão prometeu para esta quarta-feira um balanço com o número de funcionários em atividade, que será feito com base no livro ponto da autarquia.

Segundo sindicalistas, mesmo antes da decisão judicial em alguns Estados estava havendo pressão para que a greve não prosseguisse. No Paraná, de acordo com eles, houve ameaça de corte do livro ponto.




Fonte: Estadão

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