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Nacional
Terça - 15 de Maio de 2007 às 18:12

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Belém - Os gêmeos David e Thomas Stang, irmãos da missionária morta em fevereiro de 2005 em Anapu, no sudoeste do Pará, afirmam que mesmo a condenação de todos os envolvidos no processo não encerrará o caso. Para eles, fica faltando investigar com maior profundidade o "consórcio" de fazendeiros e madeireiros que nunca aceitou o projeto de desenvolvimento sustentado do governo federal que Dorothy abraçou como se fosse dela.

"Pouca gente lembra, inclusive a polícia, do relatório feito por uma comissão do Senado brasileiro a respeito das circunstâncias do crime, inclusive a descoberta do consórcio para matar a nossa irmã", disse David. Dessa comissão fazia parte a atual governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), que ontem, depois que Vitalmiro Moura, o Bida, foi condenado a 30 anos, recebeu no final da tarde, em seu gabinete, David e Thomas.

Segundo Thomas, a freira fez do Brasil seu país e da floresta de Anapu sua casa. "Ela morreu porque queria uma vida melhor para os agricultores com quem trabalhava", acrescentou. No dia do crime, ele mal acreditou quando seus irmãos, ao telefone, informaram que Dorothy tinha sido abatida com seis tiros por pistoleiros. "Como puderam fazer isso com quem só fazia o bem para as pessoas, preocupada com a saúde, a educação e os direitos dos trabalhadores", completou David.

Ele já esteve sete vezes no Brasil e prometeu vir quantas vezes for necessário para acompanhar a parte final do processo. Perguntado se acredita na Justiça brasileira, respondeu que nunca deixou de confiar no trabalho de juízes e do Ministério Público.





Fonte: AE

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