Repórter News - reporternews.com.br
Noticias da TV
Terça - 15 de Maio de 2007 às 16:37

    Imprimir


A atriz Norma Bengell, indiciada pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro e evasão de divisas por supostas irregularidades na compra de um apartamento, negou ter cometido crime financeiro. Ela disse que não tem dinheiro no exterior e que ficou muito abalada ao saber pela imprensa que havia sido indiciada pela PF. "Esse momento é horrível. Levar a culpa sem ter. Estava levando minha vida, trabalhando, e fui surpreendida por essa informação. Sou uma pessoa direita", afirmou.

Norma Bengell comprou apartamento na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa Rodrigo de Freitas, em 1996, por valor muito inferior ao de mercado (R$ 260 mil). Depois disso, o imóvel foi vendido para uma empresa uruguaia, cujo representante no Brasil é o advogado Roberto Edward Halbouti. Ele aparece nos créditos do filme "O Guarani", dirigido por Norma Bengell, como consultor jurídico. De acordo com a PF, a atriz continuou morando no apartamento, mesmo depois da venda. Em 1999, o apartamento foi novamente negociado, dessa vez por R$ 1,6 milhão.

A Polícia Federal suspeita que Norma tenha usado parte do dinheiro captado para a produção do filme "O Guarani" na compra do apartamento. E que a venda para a empresa uruguaia tenha sido uma negociação de fachada. Hoje, Norma disse que teve pouco contato com Halbouti durante seu trabalho em "O Guarani". "Não tenho intimidade com esse advogado. Ele redigiu os contratos de algumas atrizes do filme. Um deles foi tão rigoroso que a atriz não assinou e tivemos de chamar outra advogada. Nem sabia que ele tinha empresa no Uruguai", afirmou.

Segundo ela, a informação de que havia sido indiciada pela Polícia Federal por pouco não atrapalhou a negociação para o lançamento de "O Guarani" e "Pagu" em DVD. "A empresa chegou a pedir que aguardássemos uma decisão do departamento jurídico, mas tudo foi resolvido". De acordo com Norma, ela encaminhou mensagem eletrônica para o Fórum Nacional de Cineastas. "Recebi muitas respostas em solidariedade. Nunca pensei que fosse passar por uma situação como essa. É uma coisa absurda. Fiz 'O Guarani' com tanto carinho e tive tanta chateação.", disse.

As contas do filme foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União. Tramita na 9.ª Vara Federal Criminal processo em que o Ministério Público Federal pede que a diretora devolva R$ 4 milhões aos cofres públicos.





Fonte: AE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/227448/visualizar/