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Terça - 15 de Maio de 2007 às 08:53

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Nas previsões do estudo, o país, hoje no 48º lugar em um ranking de inovação envolvendo 82 países, cairá para a 52º nos próximos cinco anos.

Nesse período, países como Ucrânia e Lituânia ultrapassarão o Brasil, e o México aumentará ainda mais o abismo de inovação que separa as duas maiores economias latino-americanas.

O ranking considerou aspectos como o número de patentes registradas no país e o ambiente econômico, social e político que pode estimular ou coibir iniciativas inovadoras.

Liderança

Japão, Suíça, Estados Unidos e Suécia lideram a lista como os países com melhor desempenho de inovação empresarial.

No caso japonês, o estudo destacou o número de patentes registradas no país e o modelo econômico que, sem poder contar com recursos naturais, se constrói com base na inovação empresarial.

A Suíça, no 2º lugar da lista, exemplifica o que a EIA chama de"vantagem de países pequenos", que oferecem amplas oportunidades educacionais e serviços de bem-estar social aos seus cidadãos.

Em um trabalho paralelo, a consultoria entrevistou 485 altos executivos de empresas em diversos países, que responderam, entre outras questões, sobre as razões que tornam um país inovador.

"O principal determinante é a qualificação da mão-de-obra (92% dos entrevistados) e a qualidade da infra-estrutura de telecomunicações e tecnologia da informação (TI)", diz a EIU.

Cerca de 45% das empresas que dão grande importância à inovação têm resultados melhores que suas concorrentes; das que não consideram inovação como algo importante, apenas 32% têm desempenho acima da média.

Emergentes

Na América Latina, Argentina, Venezuela, Cuba, Chile, Costa Rica e México superam o Brasil no ranking – mas, desses, apenas os dois últimos devem ganhar posições, prevê a EIU.

O relatório destacou o salto mexicano de inovação "na América Latina, uma região não conhecida pela sua inovação".

Investimento estrangeiro, treinamento, infra-estrutura e avanços em TI decorrentes do Nafta, o acordo de livre-comércio com os EUA, estão impulsionando a economia mexicana, afirma a consultoria britânica.

O texto também destacou o desempenho de China e Índia, que "estão deixando sua condição de membros do mundo subdesenvolvido".

"A China pode esperar mais benefícios que a Índia de investimentos diretos, por causa do seu ambiente regulatório e econômico", disse o estudo.

"Muitos dos novos investimentos na China se destinarão a setores ricos em inovação, como comunicação fixa e móvel, aviação, automotivo, farmacêutico e alimentício."

Segundo o relatório, o retorno de investimentos em inovação é proporcionalmente maior em países de renda média, como México e China, que em países mais ricos.

"Em países de renda baixa e média, a atividade doméstica de inovação tende a facilitar e tornar mais eficiente a absorção de tecnologia importada. Assim, eles se beneficiam duplamente os efeitos da inovação doméstica e da absorção da inovação estrangeira."





Fonte: BBC Brasil

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