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Economia
Terça - 15 de Maio de 2007 às 06:44

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LONDRES - A agência de notícias e informação financeira Reuters aceitou uma oferta de compra do grupo canadense de comunicação Thomson Corporation, que avalia a companhia em £ 8,7 bilhões (€ 12,7 bilhões ou US$ 17,2 bilhões).

A transação recebeu o sinal verde do órgão interno que preserva a independência editorial e que podia teoricamente vetar uma compra. Mas ainda necessita da aprovação de entidades reguladoras, informam as companhias em comunicado.

A nova empresa formada com a fusão se chamará Thomson-Reuters. O novo grupo será o maior do mundo no setor de informação financeira, com 34% do mercado, acima dos 33% da Bloomberg, atual líder mundial, segundo dados da Inside Market Data, revelados pela própria Bloomberg.

Segundo um comunicado publicado nesta terça-feira, 15, pelo grupo Reuters, cada acionista receberá £ 3,52 e mais 0,16 ação da nova sociedade.

O acordo avalia os títulos da Reuters £ 6,91 (€ 10) acima da cotação no fechamento de segunda-feira e £ 7,05 (43%) acima do valor em 3 de maio, um dia antes de a companhia britânica anunciar que havia recebido uma proposta de compra.

A sociedade Woolbridge, que controla em torno de 70% da Thomson Corporation, terá 53% das ações do grupo. Outros acionistas da companhia canadense ficarão com uma participação de 23%. Os 24% restantes do capital da Thomson-Reuters serão dos acionistas da Reuters.

A nova companhia adotará os princípios de independência do Reuters Trust.

A agência de notícias "Reuters", que fornece notícias, fotos e vídeos à imprensa de comunicação, manterá seu nome, apesar de fundir sua atividade com a "Thomson Financial", divisão de notícias da Thomson Corporation.

O atual executivo-chefe da Reuters, Tom Glocer, de 47 anos, passará a exercer a função no grupo resultante. O presidente da Thomson-Reuters será David Thomson.

O presidente da Reuters, Niall Fitzgerald, disse que "hoje é um dia histórico" e acrescentou estar "orgulhoso" porque o jornalismo de Reuters continuará sendo regido pelos seus "poderosos princípios de independência, integridade e imparcialidade".

A Thomsom-Reuters terá suas ações negociadas nas bolsas de Londres, Toronto e Nova York.

Fundada em 1851 em Londres e com 17 mil trabalhadores em 94 países, a "Reuters" é a maior agência de notícias do mundo. Mas 90% de sua receita vem do seu serviço de informação financeira para empresas.

A divisão de informação para a imprensa conta com 2.400 jornalistas, fotógrafos e câmeras de televisão, em 196 escritórios e 131 países.





Fonte: EFE

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