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Nacional
Terça - 15 de Maio de 2007 às 06:04
Por: Felipe Gil

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O presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, disse no início da tarde desta segunda-feira que, após as reformas nas pistas e no terminal de passageiros, o aeroporto de Congonhas atinge o seu limite. Segundo ele, o terminal não tem mais para onde se expandir fisicamente.

Pereira informou que em 2006 o aeroporto recebeu 18 milhões de passageiros e que o número poderá chegar próximo de 19 milhões com as reformas. O brigadeiro disse, no entanto, que o número de operações de pousos e decolagens do terminal, que antes das reformas era de 48 por hora, deverá ser reduzido, mas que isso será definido em conjunto com o Controle de Tráfego Aéreo e com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). "Acredito que haverá uma redução", disse.

Sobre a reforma da pista principal do aeroporto de Congonhas, Pereira destacou que após a recuperação total, o terminal não deverá mais ser fechado por excesso de água na pista. "Daqui a dois meses, três meses, este aeroporto estará sem problema nenhum", afirmou.

Pereira destacou que tenta se fazer a recuperação das pistas de Congonhas há muito tempo. Ele disse que a pista principal foi construída na década de 40, durante a 2ª Guerra Mundial, e que desde então foram feitas apenas manutenções. "Agora será feita uma reconstrução da pista principal", disse. Segundo ele, após concluídas as obras, a pista deverá durar entre 10 e 12 anos sem precisar de recapeamento.

A obra na pista principal estará concluída em 45 dias. Depois disso ainda serão realizados os trabalhos para melhorar a drenagem da pista, mas as operações aéreas poderão ser realizadas normalmente.

O brigadeiro José Carlos Pereira informou que a empresa está fazendo uma auditoria há cerca de dez dias para investigar possíveis problemas de planejamento na manutenção dos aeroportos brasileiros. Segundo ele, espera-se que os resultados saiam dentro de 30 dias. Pereira disse que, se forem detectadas irregularidades, elas serão encaminhadas ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Contas da União (TCU). "A Infraero não acusa ninguém. Quem acusa é o Ministério Público", disse durante a coletiva de imprensa no aeroporto de Congonhas.

O presidente da Infraero disse que o objetivo principal da auditoria é corrigir procedimentos administrativos da empresa para que não ocorram os mesmos erros do passado. Pereira informou que o trabalho está sendo realizado de forma interna, por um auditor e mais 40 pessoas.

Pereira disse ainda que a iniciativa não é uma forma de tentar evitar a CPI do Apagão Aéreo no Congresso Nacional. "Eu não tenho problema com CPI. Acho até que pode ser bom investigar o que deve ser investigado", disse. Ele não definiu o motivo específico que o levou a determinar a auditoria, mas disse que é evidente que a crise aérea colaborou para que o trabalho fosse realizado.





Fonte: Terra

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