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Nacional
Segunda - 14 de Maio de 2007 às 20:21
Por: KÁTIA BRASIL

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O professor de arte e literatura Thomas Stang, 70, irmão da missionária Dorothy Stang, que está pela primeira vez no país acompanhando julgamento dos acusados de participar da morte da freira, disse hoje à reportagem que ainda chora a morte da irmã, mas quer um julgamento "justo" para o acusado de encomendar o crime, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida.

"Em Los Angeles eu acabei de ver uma peça [teatral] cujo tema é que uma pessoa é inocente até provado o contrário, e eu quero acreditar nesse conceito. Não sou o juiz, mas tenho a convicção de que ele [Bida] vai receber um julgamento justo", disse Thomas, que chegou ontem em Belém vindo de Los Angeles, cidade onda mora nos Estados Unidos.

Ele veio junto do irmão gêmeo, David, que já acompanhou outros julgamentos do caso. Ao relembrar a data de 12 de fevereiro de 2005, quando recebeu a notícia da morte da irmão, Thomas chorou. "Eu estava em minha casas em Los Angeles, tinha acabado de chegar, era por volta das 12h. Minha mulher estava em casa, ela estava chorando e eu perguntei: o que estava acontecendo? E ela disse: simplesmente mataram Dorothy."

Thomas afirmou que sabia que sua irmã recebia ameaças, mas acreditava que, pelo fato de ela ser uma idosa, um crime não se consumasse. "Nós sabíamos que ela morava numa área perigosa, mas vinha em casa a cada três anos para visitar. Ela contou para a família que os fazendeiros e outras pessoas ameaçaram matá-la. Quando se vive com tantas ameaças por tantos anos, você não pensa mais nisso [na morte]", disse.

"Foi uma surpresa grande para nós quando aconteceu. Nós pensamos que nada podia acontecer com uma idade tão avançada", disse. "Nós sentimos muito a morte de Dorothy porque ela nos visitava regularmente. Sua morte foi uma perda muito grande", afirmou.





Fonte: Agência Folha

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