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Palestinos renovam pacto para pôr fim a violência em Gaza
Horas depois do ministro do Interior palestino renunciar devido à nova onda de violência entre facções rivais na faixa de Gaza, os movimentos Hamas e Fatah, que possuem braços armados e políticos, renovaram nesta segunda-feira um pacto para retirarem seus homens das ruas. Os confrontos armados entre membros dos dois grupos já deixou ao menos nove palestinos mortos desde a última sexta-feira (11), na pior onda de violência desde a formação de um governo de união entre eles.
Hoje, apesar da renovação do pacto de cessar-fogo, testemunhas afirmaram que homens armados não-identificados seqüestraram um professor da Universidade Islâmica --conhecida por apoiar o Hamas. As facções não comentaram o episódio.
Ministro palestino, Hani al Qawasmi, renuncia após onda de violência na faixa de Gaza O ministro do Interior palestino, Hani al Qawasmi, que era responsável por supervisionar os serviços de segurança, anunciou sua renúncia devido à frustração com a competição entre rivais pelo controle dos contingentes armados. A renúncia foi aceita pelo premiê palestino, Ismail Haniyeh, que assumiu as funções de Qawasmi temporariamente.
"Líderes do Fatah e do Hamas prometeram que ambos os lados vão acabar com todas as formas de tensão, remover os homens armados e os postos de controle das ruas e trocar reféns", disse o porta-voz do gabinete palestino, Ghazi Hamad. A decisão foi tomada após uma reunião entre Haniyeh e líderes dos movimentos. Apenas a polícia palestina permanecerá nas ruas de Gaza, segundo o governo.
Apesar da renovação dos pactos, a renúncia de Qawasmi lançou novas dúvidas sobre a viabilidade e o sucesso do governo de coalizão palestino. O preenchimento da vaga de ministro do Interior foi um dos principais obstáculos durante as negociações de formação do governo, em fevereiro.
"Temo que algumas pessoas querem destruir o acordo de Meca", disse Abdel-Hakim Awad, oficial do Fatah, em referência ao acordo que permitiu a formação do governo de coalizão. "Vamos tentar impedir isso, porque se acontecer, seria uma catástrofe para a situação interna e a área cairia em um banho de sangue", completou.
Forças mobilizadas
Após o anúncio da renúncia de Qawasmi, o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) decidiu mobilizar forças de segurança nas ruas de Gaza para impedir novos confrontos entre os dois movimentos.
Governo de união entre Abbas (dir.) e Haniyeh vive momento difícil "O gabinete decidiu mobilizar uma força que aplicará um plano que permita restaurar a segurança", informou o ministro da Informação da ANP, Mustafa Barghouti, após uma reunião do conselho de ministros.
No total, os confrontos, que duram três dias, deixaram ao menos sete mortos e 40 feridos desde domingo. O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, aceitou a renúncia e assumirá temporariamente a pasta do Interior. O anúncio foi feito pelo vice-primeiro-ministro da ANP, Azam al Ahmad, em coletiva na faixa de Gaza.
Ontem, após a eclosão da violência, foi anunciada uma trégua promovida com mediação do Egito, que entrou em vigor às 0h30 (18h30 de Brasília). No entanto, a violência prosseguiu nesta segunda-feira, com as mortes de dois membros do Fatah e mais dez palestinos feridos.
Violência
Nesta segunda-feira, na cidade de Gaza, três palestinos, dois deles integrantes do Fatah, morreram em confrontos. O quarto morreu em um tiroteio em um mercado de Khan Yunes.
Uma sede do Fatah em Gaza foi incendiada por um membro do Hamas, e o Fatah em seguida se vingou incendiando um gabinete do grupo rival. Homens armados de ambos os movimentos estavam mobilizados nas ruas nesta segunda-feira. Escolas e lojas ficaram fechadas, e poucos moradores se arriscaram a sair de suas casas.
Neste domingo, um líder local das Brigadas dos Mártires de al Aqsa, ligada ao Fatah, e seu motorista foram assassinados por homens encapuzados ao norte da faixa de Gaza.
Horas depois, outros dois palestinos --entre eles um jornalista ligado ao Hamas-- foram mortos em confrontos perto de um complexo residencial em Gaza. Dezenas de palestinos dos dois lados que haviam sido seqüestrados foram libertados nesta segunda-feira.
Plano de segurança
A nova onda de violência ocorre após o destacamento de 3.000 policiais extras das forças de segurança ligadas ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, em Gaza, na semana passada, que causou protestos do Hamas.
Autoridades palestinas esperavam que o destacamento de mais homens em Gaza, sob um novo plano de segurança, pudessem amenizar as tensões entre os dois grupos na região.
Qawasmi ameaçou renunciar há cerca de duas semanas, em protesto à violência em Gaza. O controle do Ministério do Interior vem sendo alvo de disputa entre Fatah e Hamas.
O ministério supervisiona a maior parte das forças de segurança palestinas. Abbas controla o restante das forças, e o Fatah reluta em entregar o controle total da segurança ao Hamas, que chegou ao poder após vencer as eleições parlamentares palestinas de janeiro de 2006.
No ano passado, o Hamas montou sua própria milícia, que conta com cerca de 6.000 homens.
Hoje, apesar da renovação do pacto de cessar-fogo, testemunhas afirmaram que homens armados não-identificados seqüestraram um professor da Universidade Islâmica --conhecida por apoiar o Hamas. As facções não comentaram o episódio.
Ministro palestino, Hani al Qawasmi, renuncia após onda de violência na faixa de Gaza O ministro do Interior palestino, Hani al Qawasmi, que era responsável por supervisionar os serviços de segurança, anunciou sua renúncia devido à frustração com a competição entre rivais pelo controle dos contingentes armados. A renúncia foi aceita pelo premiê palestino, Ismail Haniyeh, que assumiu as funções de Qawasmi temporariamente.
"Líderes do Fatah e do Hamas prometeram que ambos os lados vão acabar com todas as formas de tensão, remover os homens armados e os postos de controle das ruas e trocar reféns", disse o porta-voz do gabinete palestino, Ghazi Hamad. A decisão foi tomada após uma reunião entre Haniyeh e líderes dos movimentos. Apenas a polícia palestina permanecerá nas ruas de Gaza, segundo o governo.
Apesar da renovação dos pactos, a renúncia de Qawasmi lançou novas dúvidas sobre a viabilidade e o sucesso do governo de coalizão palestino. O preenchimento da vaga de ministro do Interior foi um dos principais obstáculos durante as negociações de formação do governo, em fevereiro.
"Temo que algumas pessoas querem destruir o acordo de Meca", disse Abdel-Hakim Awad, oficial do Fatah, em referência ao acordo que permitiu a formação do governo de coalizão. "Vamos tentar impedir isso, porque se acontecer, seria uma catástrofe para a situação interna e a área cairia em um banho de sangue", completou.
Forças mobilizadas
Após o anúncio da renúncia de Qawasmi, o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) decidiu mobilizar forças de segurança nas ruas de Gaza para impedir novos confrontos entre os dois movimentos.
Governo de união entre Abbas (dir.) e Haniyeh vive momento difícil "O gabinete decidiu mobilizar uma força que aplicará um plano que permita restaurar a segurança", informou o ministro da Informação da ANP, Mustafa Barghouti, após uma reunião do conselho de ministros.
No total, os confrontos, que duram três dias, deixaram ao menos sete mortos e 40 feridos desde domingo. O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, aceitou a renúncia e assumirá temporariamente a pasta do Interior. O anúncio foi feito pelo vice-primeiro-ministro da ANP, Azam al Ahmad, em coletiva na faixa de Gaza.
Ontem, após a eclosão da violência, foi anunciada uma trégua promovida com mediação do Egito, que entrou em vigor às 0h30 (18h30 de Brasília). No entanto, a violência prosseguiu nesta segunda-feira, com as mortes de dois membros do Fatah e mais dez palestinos feridos.
Violência
Nesta segunda-feira, na cidade de Gaza, três palestinos, dois deles integrantes do Fatah, morreram em confrontos. O quarto morreu em um tiroteio em um mercado de Khan Yunes.
Uma sede do Fatah em Gaza foi incendiada por um membro do Hamas, e o Fatah em seguida se vingou incendiando um gabinete do grupo rival. Homens armados de ambos os movimentos estavam mobilizados nas ruas nesta segunda-feira. Escolas e lojas ficaram fechadas, e poucos moradores se arriscaram a sair de suas casas.
Neste domingo, um líder local das Brigadas dos Mártires de al Aqsa, ligada ao Fatah, e seu motorista foram assassinados por homens encapuzados ao norte da faixa de Gaza.
Horas depois, outros dois palestinos --entre eles um jornalista ligado ao Hamas-- foram mortos em confrontos perto de um complexo residencial em Gaza. Dezenas de palestinos dos dois lados que haviam sido seqüestrados foram libertados nesta segunda-feira.
Plano de segurança
A nova onda de violência ocorre após o destacamento de 3.000 policiais extras das forças de segurança ligadas ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, em Gaza, na semana passada, que causou protestos do Hamas.
Autoridades palestinas esperavam que o destacamento de mais homens em Gaza, sob um novo plano de segurança, pudessem amenizar as tensões entre os dois grupos na região.
Qawasmi ameaçou renunciar há cerca de duas semanas, em protesto à violência em Gaza. O controle do Ministério do Interior vem sendo alvo de disputa entre Fatah e Hamas.
O ministério supervisiona a maior parte das forças de segurança palestinas. Abbas controla o restante das forças, e o Fatah reluta em entregar o controle total da segurança ao Hamas, que chegou ao poder após vencer as eleições parlamentares palestinas de janeiro de 2006.
No ano passado, o Hamas montou sua própria milícia, que conta com cerca de 6.000 homens.
Fonte:
Com EFE, France Presse e Associated Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/227658/visualizar/
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