Tragédia da Feicovag completa dois anos sem que acusados sejam julgados
O caso está sendo investigado desde 2005 e aponta como responsáveis pelo desabamento o engenheiro civil Ricardo Maldonado, o promotor de eventos Nilmo Aparecido Garcia e Jackson Martins, filho do deputado estadual José Carlos de Freitas, que também está entre os acusados.
O processo sobre o desabamento da arquibancada da Feicovag foi encaminhado para a Comarca de Várzea Grande em fevereiro deste ano. A ação voltou a tramitar depois que o ex-deputado estadual José Carlos de Freitas Martins perdeu o foro privilegiado.
A Assembléia Legislativa, por meio da Resolução 547, havia sustado o andamento da ação penal com relação ao então deputado estadual. Com isso, ficou suspenso o prazo processual enquanto Freitas cumpria o mandato parlamentar. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu enviar a ação à Comarca após uma solicitação do Ministério Público Estadual.
O caso
Cerca de 400 pessoas ficaram feridas com a queda da arquibancada da 16ª Feira Industrial e Comercial de Várzea Grande (Feicovag), no dia 14 de maio de 2005. Os feridos foram socorridos por equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal para hospitais públicos e particulares de Cuiabá e Várzea Grande.
Por volta de 22h30, quando era realizada a segunda montaria do rodeio, a arquibancada cedeu. Testemunhas afirmam que não houve superlotação e que todos os espectadores estavam sentados. No momento do acidente havia cerca de mil pessoas no local, de acordo com estimativas da Polícia Militar.
O Corpo de Bombeiros fez uma vistoria no local no dia anterior e reprovou a estrutura. Um dia antes do acidente, outra vistoria foi feita e resultou em mais uma reprovação. Mesmo assim, a arquibancada foi utilizada durante a festa.
A Feicovag foi realizada em um espaço de 120 mil metros quadrados, na avenida Mário Andreazza. O local foi construído por meio de uma parceria entre a prefeitura de Várzea Grande e o empresariado local.
Comentários