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Nacional
Segunda - 14 de Maio de 2007 às 11:08

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Na visita que faz hoje às instalações da Siemens em Jundiaí (interior de SP), o presidente Lula receberá do presidente da empresa alemã no Brasil, Adilson Primo, e do presidente da Siemens para as Américas, Uriel Sharef, a reivindicação para que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja acelerado. "Vamos dizer ao presidente Lula que o PAC tem todo o nosso apoio, mas está um pouco lento", destacou Primo em entrevista ao grupo de jornalistas, minutos antes da chegada do presidente Lula à empresa.

Para Sharef, o PAC parece ser a forma mais apropriada para se chegar ao desenvolvimento do País. "O Brasil tem chances de crescer dentro do mercado globalizado, que é um dos motores da economia mundial. Mas para se chegar a isto, é preciso se preparar o terreno", emendou Sharef.

Além da área de energia, a Siemens tem interesses dentro do PAC, nas áreas de saneamento, logística e infra-estrutura. O presidente da Siemens no Brasil disse que sua empresa prevê para este ano e para o próximo um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) próximo de 4% a 4,5%. Mas advertiu: "Se não tivermos investimentos em infra-estrutura, não vamos conseguir crescer de forma sustentada em 2009 e 2010".

Apesar da reivindicação, Adilson Primo disse que o presidente Lula está engajado, para que "o PAC deslanche". Segundo ele uma das grandes preocupações de sua empresa é de que o PAC seja colocado em prática. Estamos fazendo esta pressão através de nossas associações de classe, como Abinee e Abdib.

Fábrica de R$ 200 milhões

Com a presença do presidente Lula, a Siemens do Brasil inaugura hoje em Jundiaí o maior centro de produção de equipamentos para energia da América do Sul. O investimento é de R$ 200 milhões e a previsão do executivo é que a área de energia da companhia tenha um crescimento este ano de 20% em seu faturamento, em comparação com o ano anterior, que foi de R$ 1,3 bilhão.

O complexo de energia da Siemens instalado em Jundiaí concentrará a fábrica de equipamentos para geração, transmissão e distribuição de energia. Segundo a direção da companhia, a empresa está preparada para atender às demandas do mercado energético brasileiro e para servir de plataforma de exportação.

O presidente da Siemens para as Américas disse que o foco da produção é o Brasil, mas 40% de transformadores produzidos na fábrica de Jundiaí vão para as exportações. Na nova planta de turbinas, concentram-se todas as etapas de produção, o que torna Jundiaí centro de fornecimento de turbinas industriais de co-geração térmica para o segmento de papel e celulose, de metalurgia e mineração e etanol. Segundo Adilson Primo, uma parte das turbinas será direcionada para o etanol (álcool combustível). "Com o incremento deste setor, o setor de açúcar e álcool deverá absorver 30% da nossa produção", disse.

A Siemens está presente no Brasil há 102 anos. O número de empregados hoje é de 14 mil, distribuídos em 15 fábricas e 12 escritórios. Apenas em Jundiaí, há 1.400 funcionários.





Fonte: AE

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