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Internacional
Segunda - 14 de Maio de 2007 às 06:04

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BOGOTÁ - Os paramilitares desmobilizados que praticarem atos de delinqüência nas prisões perderão seus benefícios da Lei de Justiça e Paz e serão extraditados, informou o governo colombiano no domingo, 13.

A informação foi dada pelo ministro do Interior e Justiça, Carlos Holguín Sardi, que afirmou que o governo ordenou que a Polícia Judicial e a Procuradoria investiguem as gravações publicadas pela revista Semana, que afirmam que desmobilizados das autodefesas praticam atos de delinqüência desde a prisão de Itagüí, no departamento de Antioquia.

"Se estes delitos forem confirmados, os responsáveis serão retirados da lista da Lei de Justiça e Paz e, como conseqüência, perderão seus benefícios. Se houver um pedido de extradição e um sinal verde da Corte Suprema de Justiça, eles serão extraditados", afirmou Holguín em comunicado.

O ministro enfatizou que o governo colombiano não permitirá a violação da Lei de Justiça e Paz, reivindicou transparência das agências estatais e rejeitou "o procedimento turvo de filtrar, criar espetacularidade e confusão, o que não contribui com a justiça".

A resposta de Bogotá foi motivada pela denúncia de que o desmobilizado paramilitar colombiano Salvatore Mancuso e alguns dos antigos chefes das autodefesas estavam ordenando ações criminosas desde o presídio de Itagüí.

No entanto, Mancuso negou qualquer envolvimento e atos criminosos: "Não aconteceram situações como as relatadas pela revista Semana. Não sei de onde tiram tantas informações que jamais ocorreram e que nunca puderam comprovar".

A última edição da revista Semana afirma que pelo menos três desmobilizados das autodefesas detidos em Itagüí estão envolvidos em assassinatos, envios de drogas e extorsões.

Segundo a publicação, essas atividades teriam ficado registradas em conversas telefônicas e os envolvidos seriam Orlando de Jesús Mazo, conhecido como "Mosco"; Jorge Iván Zapata, o "Pedro Frontera", e José Castillo, o "Goyo".

As autoridades investigam se as ações destes três desmobilizados eram por iniciativa própria ou se atuavam sob ordens de seus chefes, entre eles Salvatore Mancuso.

As Autodefesas Unidas Camponesas (AUC) foram uma organização armada ilegal de extrema direita, que se desmobilizou em troca de benefícios penais, integrada por terroristas acusados de centenas de massacres e milhares de mortes ao longo de duas décadas.




Fonte: EFE

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