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Internacional
Sábado - 12 de Maio de 2007 às 23:43

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HAVANA - Cuba acirrou sua campanha contra as antenas ilegais de televisão por satélite, para evitar que a população sintonize o "sinal contra-revolucionário" que chega dos Estados Unidos, disse a imprensa oficial neste sábado, 12.

Segundo o Granma, órgão oficial do Partido Comunista, cerca de 12 pessoas que vendiam cartões para receber o serviço da empresa norte-americana Direct TV por até US$ 270 foram descobertas em duas operações realizadas no começo do ano.

"Nenhuma ilegalidade pode ficar impune", alertou o jornal. "Muito menos quando um grupo de indivíduos, em seu afã de incrementar ilicitamente seu patrimônio, faz o jogo do inimigo ao violar as normativas jurídicas vigentes."

O governo disse que os receptores de TV por satélite ajudam o presidente dos EUA, George W. Bush, a introduzir nos lares cubanos "o sinal televisivo contra-revolucionário".

Mas muitos cubanos que recebem ilegalmente o sinal das parabólicas afirmam que só estão interessados em novelas e programas de entretenimento, muitas vezes ausentes nos quatro canais estatais, de forte conteúdo ideológico.

Segundo o Granma, em várias operações realizadas no decorrer da semana passada as autoridades apreenderam cinco parabólicas, três receptores e 43 amplificadores de sinal, entre outras coisas.

Caminhões do Estado percorrem há meses as ruas de Havana em busca de antenas ilegais.

A campanha foi lançada em fevereiro, dois meses depois de o governo dos Estados Unidos começar a transmitir por satélite a programação da TV Martí, um canal financiado pelo Departamento de Estado, cujo sinal de ar é bloqueado com sucesso há anos pelas autoridades cubanas.

O sinal da TV Martí chega diariamente através da WPMF-TV, um canal de Miami afiliado à rede Azteca Americas.

Milhares de cubanos mantêm antenas ilegais de TV por satélite, escondidas às vezes em lugares insólitos, como caixas d´água.

O sinal é revendido por cerca de dez dólares mensais a centenas de vizinhos.




Fonte: Reuters

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